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BH ainda é muito jovem

BH ainda é muito jovem

E o navegador e escritor Amyr Klink me disse que “as cidades precisam parar de crescer” e os administradores devem abrir espaços para a população e investir no potencial humano.

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16-10-2024 às 09h:29

Alberto Sena*

Nesse funil em que entraram os candidatos a prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman busca a reeleição e o novato Bruno Engler precisam prestar atenção no Manifesto que o professor Apolo Heringer Lisboa lançou, nesta terça-feira, 15, na Casa dos Jornalistas, com importantes medida para transformar Belo Horizonte, a partir das bacias hidrográfica, inclusive a da Pampulha.

No nosso mais importante cartão postal, a Lagoa da Pampulha, quase dois bilhões de reais se afogaram nas suas águas mais poluídas do que nunca. É necessário pôr um basta nisso e o professor Apolo tem a receita prática para isso. Convém os dois candidatos lerem a íntegra do manifesto que o Diário de Minas publicou em primeira mão, na edição desta terça-feira.

Certa feita, quando trabalhava em outro jornal, tive a oportunidade de entrevistar o navegador e escritor brasileiro Amyr Klink e na conversa ouvi da parte dele boas experiências de vida e uma delas foi relacionada com as cidades brasileiras. Ele foi à Antártida dezenas de vezes sozinho, “as cidades precisam parar de crescer”.

Fiquei curioso quanto a essa observação dele e indaguei, “como assim?” E ele disse que as cidades precisam parar de crescer e os administradores cuidarem de abrir espaços para a população e investir nas pessoas.

É justamente o que falta aos que entram para a política com o fito de se arranjar de algum modo. Aquela conversa de “espírito público” já foi, como se diz, para o “beleléu” já faz tempo.

De uma maneira geral, o nível dos nossos políticos deixa muito a desejar. Com algumas poucas exceções, basta correr os olhos para perceber o que estou falando e enxergar. Quem já viveu um pouco mais tem condição de fazer as comparações.

Mas, voltando à BH, a cidade precisa passar por uma requalificação. Todavia, os problemas sociais pululam por toda urbe, que um dia foi considerada a terceira capital do Brasil.

Cá para nós, tenho dúvidas se a nossa Belo Horizonte ainda mantém esse título. E para dizer isso, baseio-me nas cenas que vejo pela cidade ao andar por suas ruas sujas e a miséria exposta nas calçadas.

De hoje até o dia 27, quando os eleitores voltarão às urnas, faltam dez dias. O tempo é curto para os dois candidatos mostrarem mais ainda o porquê de estarem na disputa.

O importante é que o eleitor tenha consciência do peso de seu voto e percepção para acertar na escolha porque BH ainda é muito jovem para parecer assim, tão velha!

*Jornalista, escritor e editor Geral do DM

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