Português (Brasil)

Agruras do trânsito de BH

Agruras do trânsito de BH

Nos horários de pico, principalmente, os riscos e os sustos são vividos pelos pedestres, e até mesmo nas calçadas, usadas por motoqueiro com mochila nas costas para cortar caminho

Compartilhe este conteúdo:

17-10-2024 às 09h:50

Bento Batista*

Que o trânsito de veículos em Belo Horizonte está assustador, parece não haver dúvida, nem é novidade. Às vezes dá a sensação de que todo morador da capital tem o seu carro. Nas horas de pico, então, aí é que a coisa pega.

As reclamações do trânsito escapam das bocas principalmente dos pedestres, personagens que foram preteridos, de donos da rua que eram, para entregar à circulação dos veículos.

O tempo dos sinais para os pedestres é diminuto, enquanto para os dos carros é muito maior. É até compreensível, mas seria o caso de aumentar o tempo dos pedestres.

Se valer um exemplo, segue este: o sinal para pedestres na confluência da Avenida do Contorno com final da Rua da Bahia e início da Carangola, indo para o Bairro Santo Antônio, quando o pedestre sobe ou desce o cruzamento das vias, ele ainda nem chegou do outro lado e o sinal abre para os veículos.

É uma questão de respeito. Nenhum pedestre precisa correr. Correr é para os carros. O pedestre anda. E se o sinal abre para ele, não é preciso correr. Andar, sim. E o tempo do sinal deve ser o suficiente para o pedestre chegar do outro lado, andando.

Mas, uma coisa grave acontece no trânsito e a cada dia vai-se agravando, porque não há fiscalização. São os motociclistas. Não se pode generalizar, mas eles estão cada dia mais atrevidos. Principalmente alguns do grupo de entrega de comida.

Uma cena perigosa ocorreu na manhã desta quarta-feira, na Rua Carangola, altura da ex-Fafich, um motoqueiro com mochila nas costas, um tipo peso pesado, deve ter errado de endereço e desceu na contramão boa parte da Rua Carangola. Na contramão pela calçada, tendo surpreendido pelo menos duas pessoas, em pontos diferentes, um homem e uma mulher.

O homem subia a rua e quase foi apanhado de frente ao ser surpreendido pelo motoqueiro. E a mulher levou um susto porque a moto veio roncando pelas costas dela. Ao assistir a cena, um terceiro personagem pedestre disse ao motoqueiro:

- Isto que fez é um barato que pode ficar caro para você, se atropelar alguém.

O motoqueiro resmungou alguma coisa, ao mesmo tempo em que apertava o número do apartamento para fazer a sua entrega.

 

Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN