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Que o eleitor consulte a consciência

Que o eleitor consulte a consciência

Por acaso, leitor do Diário de Minas, você já leu o plano de governo dos candidatos? Acha que eles serão capazes de executar ao longo da administração? Isso já passou por sua cabeça?

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17-10-2024 às 10h:19

Direto da Redação

A cada eleição, o que a gente percebe é que o eleitor de modo geral, ao invés de evoluir, regride. Quem é de outros tempos e participou do movimento das “Diretas Já”, período soturno da nossa história, era grande a vontade de voltar a exercitar o direito do voto e o resgate da democracia. Mas no afã de votar, todos sabem o que aconteceu e não é este o ponto da nossa conversa.

O que quero dizer é: ao contrário de ficar medindo os passos dos dois candidatos a prefeito em campanha, melhor é o eleitor assumir a responsabilidade do voto e ter consciência do ato que está praticando, porque o peso é enorme de dele depende a felicidade ou não da população.

Por acaso, leitor do Diário de Minas, você já leu o plano de governo dos candidatos? Acha que eles serão capazes de executar ao longo da administração? Já passou por sua cabeça a necessidade de cobrar a execução do plano de governo daquele que ganhar?

Na realidade, os planos de governo são todos parecidos. Os candidatos elegem alguns pontos que possam satisfazer a população, porque têm de registrar os planos no TRE, e pronto. O que acontecer no dia a dia da administração é isso aí; e o plano de governo estará dormitando no TRE.

Segundo o dramaturgo Bertold Brecht, o “pior analfabeto é o analfabeto político”, aquele que diz “política não está com nada”. É destes que os políticos mal intencionados gostam porque não irão incomodá-los.

Sendo mais sincero ainda com o eleitor, com esse tipo de comportamento que a maioria tem, não vejo perspectiva nenhuma de mudança, porque aqui, neste “vale de lágrimas”, as pessoas até querem, mas não utilizam os meios de gerar transformações.

Nessas eleições foram eleitos os 41 vereadores (vários reeleitos). São eles que, a partir do dia 6 de janeiro vão gerenciar a vida dos belo-horizontinos, com o prefeito a ser eleito no próximo dia 27. Os eleitores dos vereadores conhecem de fato a capacidade de cada um?

Está claro que não. E são eles que podem iniciar o processo de transformação do povo e de Belo Horizonte. Eles são como músicos de uma orquestra, e o prefeito a ser eleito no domingo, 27 deste outubro de primavera, é o maestro.

Os eleitores de modo geral precisam saber fazer acontecer, com responsabilidade e consciência política.

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