Português (Brasil)

Conhecer a capital a pé

Conhecer a capital a pé

A sugestão é a de que os dois candidatos a prefeito de Belo Horizonte possam andar por Belo Horizonte, em sentidos opostos, a fim de conhecerem a realidade, de como as pessoas vivem

Compartilhe este conteúdo:

08-10-2024 às 08h:40

Direto da Redação

Dentro de duas dezenas de dias os eleitores belo-horizontinos estarão de novo votando e desta vez é para valer mesmo, porque é o 2° turno para prefeito da capital. Se antes eram dez candidatos, agora são só dois e o que tiver mais votos será o próximo prefeito.

O Fuad Noman (PSD) se vencer estará se reelegendo e o outro candidato, Bruno Engler (PL), é deputado, nasceu em Curitiba (PR) e quer governar BH como prefeito. Ele se intitula “de direita” e pelo que anda dizendo em entrevista, tem um plano de governo que privilegia a mobilidade urbana e a segurança pública, com mais participação da Guarda Municipal.

O prefeito atual as pessoas conhecem porque ele era vice-prefeito de Alexandre Kalil, que deixou um pássaro ao ver outro maior voando e deixou a prefeitura para disputar o governo de Minas, não conseguiu. No lugar dele, Fuad Noman assumiu e certamente porque tem algumas obras em andamento, quis se reeleger para terminá-las.

Cada um tem os seus motivos, mas é importante a gente considerar que a cidade é feita de gente. Sem as pessoas não existiria cidade nenhuma. Então, é preciso que os candidatos prestem bem atenção nisso porque Belo Horizonte está precisando urgentemente de passar por uma requalificação.

E não é uma requalificação qualquer e os candidatos precisam pensar grande tendo em vista o longo prazo porque estamos em 2024 e dentro de seis anos chegaremos aos 2030, um marco importante e as evoluções tecnológicas estão acontecendo em alta velocidade e os problemas cruciais da cidade precisam ter solução.

Temos aí pela frente os pontos cruciais onde acontecem as enchentes – se Deus quiser que chova – e também o caos do trânsito de veículos, mas antes de pensar neles, é necessário visar os pedestres, que não têm espaço e vivem disputando com os carros, quando não são atropelados. As atenções aos pedestres ficam em segundo plano.

O mecanismo do sistema de trânsito de BH já se tornou obsoleto, porque já deve existir pelo mundo algo com mais eficiência, porque o que se nota é que o sistema atual privilegia os veículos em detrimento dos pedestres. Afinal, as ruas são da preferência dos pedestres que fazem uma concessão para o tráfego de carros.

Estas poderiam ser bandeiras do próximo prefeito – a mudança de bandeira de BH perdeu de 82% - e principalmente resolver o drama dos que vivem nas caçadas, inclusive em barracas, o que deixa as pessoas no mínimo constrangida.

Seria de bom alvitre que os dois candidatos andassem pelas ruas em sentido contrário, para não trombar um com o outro, a fim de conhecerem de perto a realidade nua e crua das consequências do capitalismo selvagem, que concentra muito dinheiro na mão de poucos e quase nada na mão da maioria.

Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN