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De como BH precisa mudar

De como BH precisa mudar

Mudar para melhor, evidentemente, porque se for para pior, a responsabilidade é todinha dos eleitores belo-horizontinos, que têm no voto a chave para mudar o quadro atual da capital

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04-10-2024 às 09h:22

Bento Batista*

Em 1972, data marcante, Belo Horizonte tinha o trem do Sertão, que vinha desde Salvador (BA), passava pelo Norte de Minas, Monte Azul, Montes Claros, Corinto, Curvelo, Sete Lagoas até a capital.

Naquela época, a capital tinha ainda clima temperado. Tanto é verdadeiro isso que doentes de tuberculose vinham para cá a fim de se recuperarem porque os ares eram agradáveis, isto é, puros.

No período do inverno fazia frio. A partir de abril a temperatura começava a cair. Em maio já fazia frio mesmo e a temperatura se mantinha assim mais meses.

Para quem nasceu no sertão de Guimarães Rosa e nosso, onde o Sol arde, era fácil distinguir um clima do outro, porque quase nem havia a necessidade de comprar agasalho, Aqui era diferente, fazia frio, às vezes até de doer nos ossos.

Quem veio de fora e tem mais de meio século de Beagá pode dizer o quanto o clima daqui mudou da água para o vinho. O calor que tem feito nesta terra de Curral del Rei, não está no gibi, expressão dos tempos antigos, das revistas em quadrinhos e dos filmes de faroeste norte-americano.

Os tempos atuais estão bicudos de tal maneira que muitas das pessoas nem mais sabem como é conjugar o verbo contemplar na primeira e na terceira pessoas. Estão passando pelas coisas devido a azáfama diária.

Belo Horizonte perdeu já há algum tempo o charme e o aspecto romântico que possuía. E isso aconteceu ao longo de administrações públicas. As eleições para prefeito e vereador acontecem neste domingo, 6, e o pleito é de fundamental importância para os belo-horizontinos e a cidade.

Nossa capital carece de requalificação para senão resgatar a beleza da década de 1970, modernizar e resgatar os moradores que estão fazendo as cidades da Grande Belo Horizonte se encher de quem não encontra mais atrativos para aqui viver.

O novo prefeito e a nova Câmara de Vereadores que deverá surgir depois dessas eleições – são 41 vereadores – têm por obrigação cuidar da população e da urbanidade, concomitantemente, porque é para isso que serão eleitos.

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