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Semana que passou

“Brain storm”! Afinal, qualquer político mandatário de pouco saber, assim como grandes empresários marotos, patronos dos maiores desastres ambientais das Américas, criam fundações e institutos, contratando páginas em jornais

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21-07-2024 às 07h:27

José Altino Machado (*)

Domingo passado escrevi algo sobre assunto importante: a destruição do mais que centenário Garimpo do Lourenço por forças federais.

Vale voltar a dizer que o nosso Amapá se tornou Brasil por causa dele, na base do “uti-possidetis”, justificado e empregado após porradas nos franceses, por homens à época, deste garimpo.

Ganhamos deles, mas dos ingleses, gente que paraenses e presidentes puxam saco e sacolas, para eles perdemos em Roraima, área maior que Cisjordânia; que no pau ganhamos, mas aceito como juiz, o endividado a eles, rei italiano dizendo que era deles e não mais tendo o Barão de Rio Branco, assim Tacutu se foi.

Entretanto, palavra chata essa, entretanto, para contar o acontecido, fiz citação de passagens de passado mais recente, contando “causos” de grandes industriais de veículos.

Em resposta, não deu para sequer notar maior curiosidade ao episódio, fato destruidor do marco histórico narrado, conformado fiquei, porque brasileiro não dá nenhum valor à própria história.

Todo mundo prestou mais atenção mesmo, foi no relato do grande dirigente industrial dizer que, brasileiro não reclama de porra nenhuma (Lula que fala assim) e principalmente que a morosidade da justiça brasileira sacaneia o cidadão contribuindo para existências de irresponsabilidades em produtos industriais de monta.

É verdade e acho natural que nos sintamos assim. A pouca celeridade, atenção, mais ausência da justiça, não só nas máximas como também às menores questões, tem produzido um sentimento de relaxamento que bem desgraça a Nação, com o agravante que os nacionais mais do que imaginam, acreditam mesmo que não adianta nada tal recurso. 

Hoje, aqui e agora, juízes, ministros supremos, na maior, se tornam administradores nacionais, atendendo aos desejos e vontades de grupos focados em utopias, no erário público e outros aos ganhos dos poderes. Segundo históricos sábios da humanidade, a justiça há que ser confiável e quando se acaba, nada mais restará em pé.

Ainda outro dia, um empresário muito mal-educado, disse num discurso inaugural de enorme exposição e feira agropecuária:

- Aqui no Brasil, sem rigor e postura coerente do judiciário, políticos, empresários e governantes deveriam se barbear com óleo de peroba, pois são todos caras de paus”.

E não é que este pouco polido e grosseiro cidadão tem lá suas razoes!!

Porém, a baderna está demais. O desrespeito está ficando cada vez maior, a tudo e em tudo. O país tem nivelado por baixo todo um comportamento gerencial e moral. E o mais triste é que não há prestações de contas e nem válidas cobranças.  A Nação tem se tornado permissiva, o que é lamentável.

O malfeitor é confesso, faz acordo de leniência e delação premiada, se safa da merda (prosa do Lula) sai livre leve e solto, com encargo de restituir ao país o bem afanado. Tempinho passa, um único cidadão togado, deleta tudo e diz que precisa devolver não, está tudo certo, desde que ele pague a conhecida advogada os devidos honorários.

Um que passou e que pelo passado fique, negocia empresa pública, constituída por decreto presidencial, com finalidade de se tornar agência, objetivando desenvolvimento e progresso. Coisa que uma simples assembleia de novos acionistas privados, modificou no decreto oficial. E ninguém questionou a legalidade deste feito.

Tal venda podemos considerar o negócio do século. Só os ativos possuídos em outras empresas, por esse objeto de indecente venda, valiam bem mais do que a batida do martelo lacrou a ela toda. Mais claro, verificou-se criminosa a venda, quando apenas poucos meses passados que ela vendida por três, retirou de seu próprio caixa, setenta, e foi comprar outra, lá fora, claro.

Procuradores fiscais das leis e da estrutura e garantias legais, se em silêncio estavam durante a negociata, em silêncio continuaram durante todo o ardil.

Uma tal de lava jato, que se imaginava de carros, acabou demonstrando que o negócio era estupidamente outro. Era mesmo meter a mão no saco da coisa pública sem dignidade nenhuma. Logico, acontecem políticos, que argumentam que para meter a mão na sacola dos tesouros nacionais se com dignidade tá tudo bem.

Um dos grandes empresários, vendo seu filho, gestor de sua própria empresa, ser submetido a lei perante juízo, declarou na cara do magistrado:- “besteira isso é normal, se não formos coniventes a tais ilícitos procedimentos, nada ganhamos.” O dr Juiz da “demorada” justiça dormiu e não lhe deu voz de prisão na hora. Deve ter entendido que o magnata falou brincando, só pode...

O resultado dos resultados, de tantos valores, também confessados a serem devolvidos, com um punhado de gente presa foi deletado na maior. Dinheiros sumiram e tropa de afanadores soltos aos “negócios”, outra vez. E ainda vazou na televisão para todo o País, a autoridade máxima dizendo que ia “fuder” (ai não precisa dizer quem fala isso) o juiz dorminhoco.

Todos nós cá pelo Brasil, raramente ouvíamos falar de bilhão. Agora, vigário que rouba menos que isso é pé de chinelo, reles batedor de carteiras, e bom político não é.

Enquanto isso, no afã de encobrir todas essas maracutaias, seguem rumo à Amazônia e com criação de terror pelo Estado, dito “legal”, vão convencendo a opinião pública, que bandidos são os que lá estão ocupados e trabalhando, até mostrando ao Brasil inconsequente consigo mesmo, as riquezas que possui.

Afinal, qualquer político mandatário de pouco saber, assim como grandes empresários marotos, patronos dos maiores desastres ambientais das Américas, criam fundações e institutos, contratando páginas em jornais, ou lobistas profissionais para retirarem deles as atenções ou críticas de suas maiores “cagadas” (segundo Lula). Eles bem sabem, que ao cativo e conluio de multidões sem rosto, se devem alimentar sempre com inimigos comuns, mesmo quando apenas “abstratos perigosos.”

Bem, por isso, nesse caso, escolhidos os ocupantes da Amazônia, fazendo com que sejam execrados por estarem invisíveis, ausentes e indefesos, até ignorando ou não sabendo, sem levar em conta, tudo que a Nação deles recebeu. Embora seus históricos demonstrem que jamais perpetraram desastres tais, como Barcarena, no Pará, Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, que geraram centenas de vítimas fatais, a quem passados anos recusam a honrar indenizações e reposições e ainda levando ao ar em televisões propagandas de protetores ambientais.

Bagunçou geral... muita gente com vergonha de ser honesto e pior, ficando vexado por ter que trabalhar. 

Quanto a mim, confesso, minhas reações a esbulhos ou atropelamento de meus bens e vida, por estar na Amazônia, modificaram e mais acontecendo ainda bem modificarão meu comportamento. A agressão à vida só não é pior que a perda injusta e injustificável da liberdade. Bens materiais são repostos, e por eles, não se chora, os defende, mas a aplicação de injusto tolhimento da liberdade é marca que fica. Um sentimento que jamais se arrancará do peito e nunca será esquecido. Apenas acomodamos a convivência com ele, esquecê-lo, nunca. (Se o Lula se credita inocência aos acontecimentos nem tão passados, bem entenderá o que digo).

Afinal, nenhum desdouro existe em ser levado a cárceres, vergonhosos podem ser os motivos que conduzem a eles.

Com a palavra o Presidente da República...

Nota: “Brain storm” (tormenta cerebral)

Belo Horizonte/Macapá

*José Altino Machado é jornalista

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