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Sem argumento, a Stock Car preferiu contra-atacar

Sem argumento, a Stock Car preferiu contra-atacar

Ao invés de compreender os riscos da competição, a empresa buscou um mau exemplo para justificar o seu, e com isso demonstra todo o seu poder e arrogância, sem considerar os prejuízos que pode causar, devido aos seus caprichos

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10-07-2024 às 08h:228

Direto da Redação

Demonstrando não ter defesa diante das várias reações que a Stock Car vem registrando, a organização preferiu defender atacando a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se dando ao trabalho de encomendar um estudo que mostra ter a instituição universitária abatido quase cinco mil árvores nos últimos 22 anos.

A empresa parece não ter entendido direito as reações provocadas não contra a competição em si, mas o local onde a Stock Car escolheu para realizar a competição. E a UFMG entrou na Justiça contra a realização da prova em volta do Mineirão porque põe em risco de comprometimento de pesquisas científicas que levaram anos e rios de dinheiro público para serem concluídas e estão sendo mantidas. Uma competição da natureza da Stock Car, com toda a movimentação e o ruído que fará, compromete esses trabalhos científicos, segundo denuncia a UFMG.

A questão do abate das 55 espécies adultas de árvores ao redor do Mineirão está mais ligada ao prefeito “Motoserra”, Fuad Noman, que assinou contrato em setembro do ano passado, e estranhamente não avaliou as possíveis consequências do seu ato. Tanto o prefeito como a organização da Stock Car, que deveria ter buscado outro local para realizar a competição, insistiram em promovê-la em volta do Mineirão.

Ao invés de entender as razões da UFMG, que são lógicas, verdadeiras, dada a proximidade com o Mineirão, preferiu contratar um estudo para justificar com um mau exemplo, atribuído à instituição universitária, o seu exemplo negativo ao exigir o corte das árvores adultas do Mineirão, denúncia essa entendida como uma maneira de desviar o público do assunto.  

A denúncia da Stock Car poderá certamente ser mais bem apurada noutra situação, porque a atual é o dano que a empresa pode provocar sob todos os aspectos, pois as experiências sob risco significaram tempo e dinheiro para serem destruídas por capricho e prepotência do poder econômico.

Acaso a competição seja realizada na Pampulha, como o Diário de Minas publicou, é mais uma das conclusões do quanto o poder econômico pode fazer e ao mesmo tempo demonstra toda a sua prepotência, como quem quer passar a mensagem de que é forte o bastante para fazer o que bem entende, não se importando com as consequências negativas que a competição naquele local poderá ocasionar.

A denúncia foi protocolada no Ministério Público Federal (MPF) e no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Isso se deu depois de a Universidade e associações de moradores terem entrado na Justiça alegando que “a corrida e os preparativos para o evento prejudicam a fauna e flora na área da instituição educacional”.

Ela embasou a denúncia em um laudo pericial da Geoline Engenharia, “assinado por nove peritos ambientais, sendo três engenheiros ambientais, dois engenheiros florestais, um advogado especialista em direito ambiental, um engenheiro de agricultura, um geógrafo e um biólogo”. Isso é que é demonstração de poder. Na denúncia constam fotos tiradas por meio de drones, fotos em solo, imagens do sistema do Google, mapeamento por GPS, medições específicas e outros levantamentos documentais.

Embasou a denúncia um laudo pericial realizado pela Geoline Engenharia, assinado por nove peritos ambientais, sendo três engenheiros ambientais, dois engenheiros florestais, um advogado especialista em direito ambiental, um engenheiro de agricultura, um geógrafo e um biólogo”. Apresenta fotos feitas por drones, em solo, imagens do sistema do Google, mapeamento por GPS, medições específicas entre outros levantamentos.

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