Português (Brasil)

Se um ET descer, aqui, vai achar que está no lugar errado

Se um ET descer, aqui, vai achar que está no lugar errado

A cada dia mais os brasileiros estão deixando a língua inglesa invadir o nosso português; e não desconfiam de que o colonizador quer isso mesmo. É por meio da língua que tudo começa de fato

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22-05-2024 às 08h:40

Bento Batista*

Se um extraterrestre (ET) porventura tiver a intenção de descer numa cidade como Belo Horizonte, vai achar que o GPS dele o levou para um lugar errado, de língua inglesa de tanto ver placas escritas em inglês e as pessoas falando a língua de Shakespeare em reuniões achando que isso é sinal de sapiência.,

A primeira coisa que o colonizador faz é dominar e impor a língua, como fizeram os portugueses. Nós brasileiros poderíamos estar falando uma língua do tronco tupi-guarani.

Mas falamos português e a cada dia mais a língua está sendo invadida pelo inglês e as pessoas que assim fazem no dia a dia, principalmente nas reuniões de negócio, acham chique isso.

Muitos nem português direito sabem falar e inventam misturar expressões da língua inglesa para se referir a algo que tem correspondência em português. Quem assim faz fere o comportamento de inclusão, porque numa rodada pode haver quem não está enfronhado no inglês.

Evidentemente, não há nada contra o brasileiro que fala português aprender a falar inglês ou qualquer outra língua, mas estando no Brasil, por que misturar o português com a língua estrangeira?

Parece haver nisso um complexo, o chamado “complexo vira-lata”. Mal sabem os que assim pensam que não existe raça melhor do que a brasileira, em termos de formação étnica. Foi forjada em um caldeirão de sangue português, indígena e negro.

Não existe nação forjada em caldeirão semelhante, em um País tropical e abençoado por Deus, onde há belezas por todos os lados, florestas e nascentes que temos de preservar como a maior preciosidade nesses tempos bicudos em que vivemos.

Temos, mais do que nunca, de valorizar o que temos, mineiros e brasileiros de modo geral criativos. E a criatividade é fundamental em momentos desses. As riquezas que aqui temos tinham de estar servindo aos brasileiros e, no entanto, estão entregues a empresários estrangeiros que levam tudo para fora. Contra essa relação desigual é que temos de estar atentos a combater, em legítima defesa das gentes brasileiras.

E na medida que as pessoas ingenuamente misturam o inglês no português só estão fazendo aquilo que os colonizadores querem a fim de tomar conta de tudo.

O Brasil, em síntese, é tido lá fora como uma “reserva” para os invasores, quando acabar o que eles destroem em seus próprios países, aqui tem tudo do que precisam para continuarem legando às gerações deles o que sempre exploraram nas colônias.

A maneira de colonizar muda através dos tempos. Hoje em dia essa de colares e espelhos não funciona mais. A tática é a mesma da Água, essa companheira nossa de todas as horas, quando há um vazamento. Devagar, devagarinho vai se espalhando. Eles vão puxando pela língua. Desconfiem.

O momento, portanto, é de valorizar a nossa língua, dentro do Brasil. Se souber falar inglês fale com quem também sabe ou lá fora.

Não é “call”, é chamada; não é “mouse” é rato; não é “notebook” nem “laptop”, é computador portátil; não é “videogame” é jogo em vídeo, não é “freezer” é congelador.

Com o advento da internet é que essa colonização acelerou e temos de reagir porque a nossa língua é bonita e temos de valorizá-la em todas as circunstâncias.

Quanto ao inglês, que seja gasto lá fora.

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