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Riqueza de caulim vai de Barrocão do Sítio

Riqueza de caulim vai de Barrocão do Sítio

O importante a destacar, entretanto, é que o caulim é outra riqueza “em estado latente no município de Grão Mogol”, segundo registra o autor

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25-06-2024 às 09h:49

Direto de Montes Claros

O livro inédito, ainda, intitulado “O município de Grão Mogol”, um estudo geológico, mineralógico, histórico e social, escrito por Mário Martins de Freitas, em 1957, faz entre as muitas revelações nele contidas, uma relacionada ao mineral caulim, matéria-prima que entra na fabricação de papel, borracha sintética, sabão, adubo, medicamentos, tintas e outros mais.

Caulim, segundo o autor do livro, é um silicato de alumínio produzido pela decomposição dos feldspatos com absorção de água, ou caulinização. O mineral já era conhecido na China desde os tempos mais remotos.

O importante a destacar, entretanto, é que o caulim é outra riqueza “em estado latente no município de Grão Mogol”, segundo registra o autor. As sondagens realizadas em Barrocão se estenderam até as imediações do Sítio.

A etimologia de seu nome vem do étimo “kau-ling”, designação que os chineses davam à terra de porcelana. É a variedade mais pura da argila formada pelos feldspatos ou rochas fesdspáticas. Constitui uma massa branca microcristalina, pouco plástica, chamada “terra porcelânica”, por ser a matéria-prima essência da porcelana.

Nos tempos modernos o caulim já tem outros empregos além da indústria de porcelana. É usado na engomagem das fibras na fabricação de papel e de tecidos e na indústria química de clarificação.

A ocorrência de caulim no município de Grão Mogol foi descrita assim pelo geólogo Luciano Jacques de Moraes, quando estudou as lavras da Serra do Itacambira e ficou pasmado diante de tanta riqueza: “Queremos aqui, chamar a atenção para material que ocorre na chapada situada a 7 km a NW da povoação de Itacambira, no lugar de Água Parada, à altitude de 1.180 m, no divisor das águas da bacia do Rio Macaúbas (Tamanduá) e do Rio Congonhas, afluente da margem esquerda do Itacambiruçu”.

“Observam-se aí veias de caulim cortando o quartizito Itacolomi, em diversas direções e formando uma espécie de brecha análoga à rocha diamantífera da lavra do barro, em São João da Chapada”.

Caulim teve a sua utilização industrial em fabricação de artigos de porcelana séculos atrás. E a partir de 1920 teve início a sua aplicação na indústria de papel, seguida pelo uso na indústria da borracha.

Mais recentemente, o caulim passou a ter serventia na industrialização de plásticos, pesticidas, rações, produtos alimentícios, farmacêuticos, fertilizantes e outras variedades de aplicações industriais.

Entretanto, o mineral continua a dormitar no solo do município de Grão Mogol e só uma pessoa, grãomogolense de nascença, sempre chamou a atenção para o mineral que podia fazer a riqueza de quem vive em Barrocão e Sítio, foi o técnico em Agropecuária, Geraldo Fróis, que faleceu recentemente sem ter visto acontecer a exploração do caulim na região.

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