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Prefeito desapropria Grande Hotel de Diamantina

Prefeito desapropria Grande Hotel de Diamantina

Trata-se de um imóvel antigo, cheio de histórias, no Centro da cidade, e está na iminência de desabar; para evitar o pior, prefeito Juscelino Brasiliano Roque desapropria em regime de urgência

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17-06-2024 às 09h:40

Alberto Sena*

“Boa notícia para o nosso patrimônio histórico”. Foi com esta mensagem que o prefeito de Diamantina, município considerado portal do Vale do Jequitinhonha, na região Central do Estado de Minas Gerais, enviou a informação de que está desapropriando o imóvel antigo do Grande Hotel, no Centro da cidade, na Rua da Quitanda, a mesma onde acontece, no próximo sábado, mais uma Vesperata.

Daqui desses horizontes belos da Serra do Curral, na capital mineira, ficamos imaginando o quanto de personalidades importantes da nossa história, de quando Diamantina era o Centro do mundo, passaram por aquele imóvel, que o proprietário descuidou e, agora, a Prefeitura está desapropriando.

Faz parte do conjunto arquitetônico e urbanístico de Diamantina e está inscrito no livro de Tombo de Belas Artes desde o dia 16 de maio de 1938, e é tombado também pelo Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional (Iphan).

Evidentemente, o imóvel tem um inestimável valor histórico e paisagístico e está assegurado pela Constituição Federal de 1968, no artigo 30 que diz: “Compete aos municípios promover a proteção do patrimônio histórico local”.

O imóvel está sendo então desapropriado por meio do Decreto 350, de 11 de junho de 2024, como sendo “de utilidade pública para fins de desapropriação de seu pleno domínio, a se efetivar mediante acordo ou judicialmente”. Trata-se de uma área de 662,37m2.

Essa bela e antiga, porém, descuidada construção que, sem dúvida alguma deve ter sido visitada inúmeras vezes pelo filho mais ilustre de Diamantina, o homem Nonô, Juscelino Kubitschek, o JK chamado, que era amigo do pai do prefeito Juscelino Brasiliano Roque e por isso este recebeu o nome de batismo, ainda mais porque nasceu no dia 21 de abril, quando da inauguração de Brasília (DF).

O imóvel está em nome de José Hildebrando Pereira. E a desapropriação é de “natureza urgente para efeito de missão provisória de posse em processo de desapropriação.”

Não resta dúvida de que o Grande Hotel antigo como está enfeia a rua da Quitanda. E agora com tapume vermelho, mais ainda. Embora as pessoas possam entender que está em processo de reforma e precisa ser o mais rápido possível para não deixar desabar uma construção rica em história.

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