27-05-2024 às 16h:12

Direto da Redação

Seria de bom alvitre algum dos partidos políticos tomar a iniciativa de fazer uma pesquisa para apurar o porquê de as mulheres não estarem presentes na política municipal, em número igual ou pelo menos aproximado ao dos políticos.

Seria uma pesquisa no mínimo interessante, porque cientificamente se poderia saber se elas não estão presentes como deveriam por causa do machismo dos políticos ou porque são acomodadas e assim está tudo bem.

As eleições municipais estão na linha do horizonte, e em Minas Gerais, conforme dados de um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) só 64 mulheres ocupam o cargo de prefeita no Estado. E pior ainda, 22% dos 853 municípios não possuem vereadora.

O Diário de Minas defende uma reação das mulheres e as eleições deste ano poderiam ser um bom teste para elas. Uma empresa de pesquisas poderia perguntar às mulheres até quando elas irão ficar à sombra dos homens sabendo que abaixo de Deus é a política que manda. E se elas pretendem uma igualdade com os homens, devem atuar nas casas legislativas e no executivo.

Uma pesquisa saberá explicar o porquê de 188 municípios não terem uma vereadora. E em 333 municípios 39% têm só uma vereadora. Investigar por que acontece isso é um trabalho para pesquisadores e daqui parte as sugestões. Se as mulheres não se interessam por política, fazem o que os maus políticos querem e por aí estão à solta.

A conclusão mais assertiva, entretanto, estaria relacionada mais ao machismo do que outra coisa. Com receio de perder espaços, os políticos dificultam o acesso da mulher, o que é uma pena porque elas são talentosas e podem contribuir muito para a transformação positiva da sociedade mineira e brasileira de modo geral.

As mulheres precisam crescer em número e em representatividade, até para mostrar a capacidade que têm ou que não sabiam que tinham. A importância da mulher na sociedade e o seu jeito característico podem transformar a política mineira e brasileira de uma maneira positiva. Mas, elas precisam reagir, tomar atitude. Se não ocupam os espaços, os homens ocupam e a falta de representatividade delas continua baixa.

Dentre os 64 municípios sob a administração de mulheres, quatro estão na Grande Belo Horizonte: Matozinhos, Pedro Leopoldo, Vespasiano e