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Onde está a matéria prima para navios?

Onde está a matéria prima para navios?

Claro, está aqui. A Petrobras virá buscar é em Minas Gerais o ferro e o aço para fabricar os próprios navios, atitude que devia ter tomado muito antes; mas há tempo para tudo

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23-07-2024 às 09h:22

Direto da Redação

O leitor do Diário de Minas pode se perguntar o que tem a ver com Minas o fato de a Petrobras ter anunciado a construção de navios, sendo que aqui nós não temos mar. Os menos avisados podem até pensar assim, mas tem tudo a ver, porque de onde será que vão sair o ferro e o aço para fabricação dos navios senão das minas de ferro e do aço produzidos aqui?

O anúncio da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard é promissor sob todos os aspectos e sem dúvida alguma aquecerá o mercado do minério de ferro e do aço.

Será a Transpetro que fará o processo como subsidiária da Petrobras. Quanto ao edital, será aberto para estaleiros e estrangeiros, aqueles que cumprirem as exigências técnicas e econômicas da concorrência. A publicação será feita no portal Petronect e para apresentar propostas, as empresas têm prazo de 90 dias.

O mais importante é que a Petrobras chama para si o programa naval para construir navios próprios, o que já devia estar fazendo há muito tempo, mas há tempo para tudo. A notícia é tão boa que o primeiro navio deverá ser entregue em 2026. E o detalhe é que o edital é de abrangência de estaleiros nacionais e internacionais.

Magda Chambriard quer retomar e expandir a indústria naval brasileira, e, evidentemente, diminuir a dependência da empresa à sujeição da oscilação de fretes.

Ela tem toda razão quando diz que esse anúncio “é um marco do início de contratações que vão contribuir para o fortalecimento da indústria naval e “offshore” nacional”.

Enquanto isso, o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, afirmava ter sempre defendido o aumento da frota própria. “Essa foi uma bandeira que sempre defendi: o aumento de navios de bandeira brasileira nas operações de cabotagem", disse.

Outros 16 navios de cabotagem, segundo a Petrobras, vão integrar o programa, dentro do “Plano Estratégico 2024-2028.

O diferencial é que os navios serão mais sustentáveis, dentro dos padrões atuais da Organização Marítima Mundial (IMO) com pegada menor de carbono

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