30-08-2024 às 09h:09

Direto da Redação

Os ipês amarelos do Parque Santo Antônio estão floridos. E é um espetáculo! Faz bem às vistas e à alma de quem tem o privilégio de contemplar.

Das janelas dos prédios que dão vista para Leste, os moradores podem usufruir da beleza do amarelo ouro dos ipês, que são frutos do nosso bendito Cerrado. Esse mesmo Cerrado que vem sendo propositalmente destruído pelo fogo e pelo agronegócio, no afã de produzir soja para alimentar animais chineses e europeus, que fazem parte da dieta deles.

Há pelo menos uma dúzia de ipês e a gente pode observar que parece estar o parque em festa, apesar do fogo que comprometeu a parte Sul. E o interessante a registrar é a resistência de um ipê, um que – talvez em respeito – às línguas de fogo não lamberam.

O parque foi criado no período da administração Célio de Castro (1997-2021), quando o secretário de Meio Ambiente era o jornalista Paulo Emílio Coelho Lott, epitetado Peclott, sigla do próprio nome. O que Peclott fez foi criar uma infraestrutura para o parque porque o conjunto de árvores ali estava, inclusive moradores antigos.

Esses moradores é que preservaram a área e usufruem dela. Na verdade, eles são privilegiados porque moram debaixo de árvores e ouvem o canto dos passarinhos e do casal de saracura.

Logo abaixo do parque está a chamada Barragem Santa Lúcia, onde há outro parque, também criado por Peclott, denominado Parque Jornalista Eduardo Couri. O local é de grande atrativo aos adeptos de caminhadas. É um dos melhores pontos da capital para o lazer.

Mas, de volta ao Parque Santo Antônio, é de ficar a imaginar o que acontece em meio às flores dos ipês. Um verdadeiro universo de insetos visita um a um a fartar; dá até para ouvir o zunido deles, tamanha a frequência.