25-07-2024 às 09h:30

Direto da Redação

O perigo de um jovem morrer eletrocutado ao tentar retirar uma pipa ou papagaio preso em fios elétricos de postes de rua é enorme. Melhor evitar e soltar esse tipo de artefato em locais apropriados onde, de preferência, não exista fiação elétrica, e sem o uso de cerol ou de linha chilena.

Só para o leitor ter uma ideia, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) registrou, só no mês de junho, 92% de clientes prejudicados por pipas”. E para corroborar com o número, a empresa informa que no mês referido, 144 mil clientes sofreram interrupção de energia devido a ocorrências na rede elétrica relacionadas a pipas.

De janeiro a maio deste ano, mais de 150 mil consumidores foram prejudicados. Numa operação de aritmética, só no primeiro semestre, 300 mil consumidores foram atingidos por causa de pipas em 1.070 ocorrências.

O que fazer? O leitor do Diário de Minas tem todo o direito de perguntar. É acabar com a brincadeira de soltar pipa das crianças e jovens adolescentes? Definitivamente, não é a resposta. O que precisa é buscar os pontos onde não tenha fiação elétrica e assim possa se divertir sem o risco de morrer eletrocutado e sem atrapalhar a vida de quem fica sem energia porque uma pipa se enroscou nos fios.

O problema, claro, não é só na capital, mas em toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A empresa anotou 100 mil clientes sem energia elétrica devido a casos envolvendo pipas.

Ao todo, foram mais de 181 mil consumidores afetados por pipas em 503 ocorrências.

Se a situação ocorre em período de aula da moçada, dá para imaginar quando estão em recesso. As próprias famílias não conseguem segurar os contumazes “empinadores” de pipas.

Para reduzir as ocorrências estão faltando mais informações dos pais aos filhos e uma campanha simpática da própria Cemig, que poderia promover festivais de pipas em áreas abertas, a fim de mostrar aos “empinadores” como se deve fazer. Uma campanha bastante didática por meio da qual todos sairiam ganhando.

O fundamental é abolir para sempre o uso de cerol na linha das pipas, que, ultimamente, tem cortado pescoços principalmente de motoqueiros. Abolir porque é crime o uso de cerol. Se apanhado em posse de menores de idade, os pais serão responsabilizados.