13-05-2024 às 09h:17

Direto da Redação

Enfim, alguém do governo Romeu Zema (Novo), caiu na real e fala em corrupção no caso dos elevadores de dois prédios da Cidade Administrativa – Minas e Gerais. Se se fizer uma enquete para apurar quem é o responsável final de tudo isso, qualquer pessoa sabe dizer o nome dele, mas é necessária uma investigação a fim de colher provas contra os responsáveis, que acharam poder escapar, mas a própria realidade os acusa. E colhidas as provas, a pessoa ou pessoas devem ser punidas.

Quem admitiu ter havido “corrupção” na construção dos dois prédios foi o vice-governador, Mateus Simões (Novo) que se vai firmando com pinta de quem poderá ser lançado candidato a governador de Minas. Ele não deu nome aos bois, mas disse haver “um acordo de leniência que demonstra que esses prédios foram construídos com prática de corrupção de desvio de dinheiro por parte de agentes que estavam envolvidos na construção da Cidade Administrativa”.

Já que a “corrupção” está exposta e acabou sobrando para o atual governo, este tem todos os motivos para pedir uma investigação porque os corruptos não podem ficar impunes, mesmo porque o que se gastou com a construção foi verba pública e saiu do bolso de cada contribuinte. Se o governo mineiro não tomar uma atitude clara a respeito, poderá passar por conivente.

“Precisamos de falar em responsabilização”, foi o que ele disse em relação aos elevadores. Um verdadeiro espanto, mais de 50 elevadores foram interditados na sede do governo do Estado. Isso ficará marcado para sempre como algo absurdo. A essa altura, Niemeyer, que assina o projeto arquitetônico, está se revirando na sepultura.

D’agora até o ano que vem, os servidores foram colocados em esquema de “home office”. Convém à mídia de modo geral ficar atenta para que o governo mineiro atual leve a cabo o esclarecimento dos recursos da construção dos prédios cujas verbas, feito água, escaparam pelo ladrão.

Os problemas com os elevadores da Cidade Administrativa, sede do governo do Estado, foram duramente criticados pelo vice-governador Mateus Simões na manhã desta sexta-feira (10), durante coletiva na qual enfatizou que os responsáveis deveriam ser responsabilizados.

O próprio vice-governador afirma alto e em bom tom que nunca teve de tratar de algo “com tamanha gravidade, causada por fator humano”. Com a interdição dos elevadores, das 8 mil pessoas que diariamente deviam estar na Cidade Administrativa, 7 mil estarão em casa, vivendo uma experiência semelhante à que viveram naqueles anos de pandemia de covid-19. O vice demonstrou indignação ao falar sobre o assunto. Outra perícia deve ser feita nos elevadores.