30-05-2024 às 09h:35

Direto da Redação

O morcego com vírus da raiva é chamado de “hematófago”, e não é comum circular em meio urbano. E se mais um para inteirar 11 já foram encontrados num espaço de cinco meses, em Belo Horizonte, pode ser mais um sinal da devastação ambiental.

Os morcegos comuns, que podem ser tanto frugívoros como comedor de insetos, estes, toda noite estão circulando nos ares e a gente nem pensa neles. Mas o surgimento de morcegos hematófagos é outra conversa. Eles são encontrados em grotões distantes, e se estão vindo para a cidade é porque alguma coisa está acontecendo em seu habitat. E é também por isso que as autoridades e os ambientalistas precisam prestar atenção.

Sensíveis como são, eles estão vindo para a cidade precedendo algo relacionado com as mudanças climáticas – o professor Euler de Carvalho Cruz diz que onde é úmido ficará mais e onde é seco ficará ainda mais seco.

Em termos de sensibilidade, os morcegos foram referências para a criação do radar, mas é anormal os hematófagos, que tanto trabalho deram e ainda dão aos fazendeiros surgiram na área urbana. Eles costumam chupar o sangue dos animais, cavalos então, são suas vítimas. E toda noite retornam ao local do crime, quer dizer, da ferida feita no animal.

Há uma pasta – Vampiricid – que combate esses morcegos nos campos onde há bovinos, bubalinos, equinos, asininos, muares, caprinos, suínos e ovinos.

A ocorrência mais recente, em Belo Horizonte, aconteceu terça-feira, 28, recolhido no bairro Sion, na zona Sul da capital. Em um raio de 300 metros, por esse motivo, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) diz ter tomado medidas de bloqueio vacinal de cães e gatos.

A Secretaria Municipal de Saúde orienta, em casos de animais com suspeita da doença e quanto a morcegos encontrados no chão, não se deve manipular nem descartar o bicho. Acione a Zoonoses da PBH para o recolhimento adequado do animal.