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Inteligência emocional

Inteligência emocional

É a maneira socialmente adequada de a pessoa conviver com suas emoções, respondendo a elas de maneira correta, civilizada para que defenda suas posições sem perder a compostura

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19-06-2024 às 09h:25

Mara Narciso*

No programa Casseta e Planeta um personagem descontrolado dizia aos berros: “ainda bem que sou um sujeito calmo, em pleno domínio das minhas emoções”, coisa que, evidentemente, não era. Diz-se que quem grita já perdeu a razão, ou que quem se explica já está errado.

De acordo com a psicologia, “a Inteligência Emocional é a capacidade de identificar e lidar com emoções e sentimentos pessoais e os dos outros indivíduos”, como por exemplo, vencer tarefas, mesmo estando triste e ansioso, ou conseguir abortar um episódio de tensão bilateral, transformando um quase confronto em calmaria.

A Inteligência Emocional é a maneira socialmente adequada de a pessoa conviver com suas emoções, respondendo a elas de maneira correta, civilizada, para que defenda suas posições sem perder a compostura. Não se sabe se a pandemia e seu período fantasmagórico ainda se reflete sobre o humor e autocontrole atuais. As pessoas andam nervosas, irritadas, sem disposição a se calar, a conter seu instinto selvagem, a deixar para contra-argumentar depois. Partem para a explosão e não deixam nada sem resposta, esta sim, agressiva, grosseira, violenta.

Quando o assunto é emoção, principalmente no trabalho, Daniel Goleman, interessado pelo tema, apresenta seus estudos sobre habilidades e competências emocionais. A tese desse autor se baseia em cinco pilares: autoconsciência, controle emocional, automotivação, empatia e habilidades sociais.

Havendo autoconsciência, o indivíduo conhece a si mesmo, identificando o que sente. Entendendo seus sentimentos, terá controle emocional, saberá reagir às emoções, não se deixando dominar por elas, de forma condizente com a situação, motivo, hora e lugar. Com isso conseguirá evitar ataques de ira, reação que ocasionaria confrontos inúteis. Uma motivação constante para as atividades diárias é fator de bem estar, favorecendo bom relacionamento com as pessoas, as chamadas habilidades sociais, tão ausentes nos últimos tempos. Onde foram parar as finuras e delicadezas?

Deve-se evitar crenças limitantes que, vindas do senso comum, acabam por atrapalhar o avanço social e profissional. Diz-se ser necessário um controle mental complexo para, em um debate, evitar a voz alta, o murro na mesa, ou, estando contrariado, romper a porta e sair do recinto enraivecido, manifestando a chamada síndrome do dono da bola. Não sendo como eu quero, ninguém brinca.

Oito hábitos poderão ajudar a desenvolver a Inteligência Emocional: praticar empatia; lidar com emoções negativas; estar consciente dos sinais do seu corpo; gerenciar ansiedade e estresse; respeitar seus limites; evitar julgamentos precipitados; pensar antes de reagir, e, para esse fim, treinar seu cérebro. Ser inteligente emocionalmente é saber equilibrar-se entre o racional e o emocional e sair-se bem socialmente.

Tão hipnótica quanto assustadora, a Inteligência Artificial, originada em 1943, recebendo tal nome desde 1956, reproduz comportamentos humanos a partir de dispositivos e programas computacionais. Sua complexidade engana pessoas, antagonizando o primitivismo absoluto de alguém que não sabe controlar sua ira animalesca. Ainda se luta para conter o monstro primevo que há dentro de muitos. Em meio a essa dualidade paradoxal, que se possa seguir sem outros tantos prejuízos.

*Mara Narciso é jornalista, escritora e médica aposentada, integrante da Academia Feminina de Letras e Academia Montes-clarense de Letras.

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