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Inteligência Artificial e Comunicação

Inteligência Artificial e Comunicação

Transformando conexões ou perdendo a essência? O grande pulo do gato na era da IA é integrar as habilidades, as “hard” e as “soft”, para se destacar.

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19-06-2024 às 09h:45

Rosália Diniz*

Nos últimos dias, participei de dois eventos incríveis: o “Trend Talks”, na ArcelorMittal, com uma curadoria de conteúdo do SXSW 2024, um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do mundo, e o 8º Seminário da Abracom-MG.

Eles trouxeram “insights” valiosos sobre como a inteligência artificial (IA) molda nosso campo de comunicação organizacional. Quero compartilhar algumas dessas reflexões e abrir espaço para trocarmos ideias sobre as tendências que fizeram minha mente fervilhar.

1 Profissionais generalistas criativos: o novo superpoder

Uma das conversas mais empolgantes foi sobre a importância dos generalistas criativos. Em um mundo em que a IA automatiza uma série de tarefas técnicas, há espaço crescente para profissionais que pensam fora da caixa, conectando diferentes áreas do conhecimento para trazer soluções inovadoras.

É urgente entender que precisamos de fluidez para navegar entre projetos, desenvolvendo e exercitando diferentes habilidades, e não só aquelas que vêm com um diploma. Afinal, nossa inteligência vai muito além disso. Não basta conhecimento teórico, nem só a vivência profissional.

O grande pulo do gato na era da IA é integrar as habilidades, as “hard” e as “soft”, para se destacar. Ser versátil, curioso e pensar no aprendizado como um processo contínuo são características em alta. Quem se identifica?

2. Intimidade artificial: o que estamos perdendo?

A intimidade artificial foi um tema que me pegou. Embora alguns pensem que estamos em um momento embrionário da IA e que a transição será menos dolorosa do que imaginamos, é difícil tirar a pulga de trás da orelha.

Hoje, pouca gente consegue operar com maestria o “prompt” para tirar o máximo da interação humano-máquina. Ao mesmo tempo, uma grande fatia de profissionais tem se dedicado a estudar, testar e aplicar essa tecnologia na prática, e os comunicadores não ficam para trás.

Apesar dos benefícios, também fiquei reflexiva sobre o potencial negativo que as interações mediadas por IA podem trazer. Pensa comigo:

– Fugindo do desconforto: quem nunca preferiu uma conversa por mensagem no lugar de um telefonema? Só para evitar o incômodo que a intimidade autêntica exige? A IA facilita a vida, mas será que estamos perdendo a chance de nos conectar de verdade?

– Conexões superficiais: as interações rápidas e editadas nos deixam com uma sensação de superficialidade. Onde está a profundidade das conversas genuínas?

– Busca pela perfeição: as ferramentas de IA que embelezam fotos e textos podem nos fazer buscar uma perfeição irreal, afastando-nos da nossa autenticidade.

– Distração constante: notificações incessantes e a necessidade de estar sempre online nos deixam exaustos e menos produtivos.

3. Atenção genuína: um bem precioso

Em meio a tanta tecnologia, surge uma tendência maravilhosa: a busca por atenção genuína. Valorizar momentos de foco real e conexões verdadeiras pode ser um diferencial enorme na nossa vida profissional e pessoal. Que tal desligar um pouco e estar realmente presente na próxima reunião ou conversa?

4. A hora da pausa: criatividade em ação

Algo que ressoou muito foi a importância das pausas. Não apenas intervalos, mas momentos para a mente descansar e a criatividade florescer. Quem aí já teve uma ideia brilhante enquanto tomava um café ou dava uma caminhada? Que tal valorizar mais esses momentos?

5. IA: aliada na liberação de tempo

No 8º Seminário da Abracom-MG, Miguel Lannes, “Chief AI Officer” da Exame, fez uma fala inspiradora, que trouxe vários exemplos da utilização das ferramentas de IA. Ele mencionou algo que me marcou profundamente: “o uso da IA vai nos dar mais tempo para o que realmente importa, como tempo de qualidade com os nossos filhos”. A IA pode ser nossa grande aliada ao assumir tarefas operacionais e repetitivas, liberando nosso tempo para o que realmente importa: conexão real, proximidade, criatividade e autenticidade.

6. Aceitar ou fugir da evolução da IA?

E aí vem a grande pergunta: devemos fugir da evolução da IA ou abraçar essa mudança? Eu acredito que, em vez de resistir, devemos aprender a usar a IA a nosso favor. Vamos explorar como ela pode melhorar nosso trabalho e nos dar mais tempo para sermos verdadeiramente criativos e autênticos.

E por aí? Como está essa história toda?

Deu uma pane por aí? “Meu Deus, por onde começo?”, se você ainda nem começou a pensar nesse assunto.

“Será que estou tão atrasada assim”, se já está ambientado, mas ainda não mergulhou no assunto. Confesso que demorei alguns minutos para conseguir aterrissar a minha mente em tanta informação.

O que vocês têm pensado sobre essas tendências? Como estão usando a IA no dia a dia? Quais são os desafios e as oportunidades que veem? Vamos trocar ideias e tentar construir juntos um caminho no qual a tecnologia e a humanidade andem juntas!

* Rosália Diniz é relações públicas e produtora de conteúdo

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Parabéns Rosalía.

 

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