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Grupo de empresários rouba água sutilmente

Grupo de empresários rouba água sutilmente

Há em ação o que se pode chamar de “uma quadrilha de empresários que rouba”, todos os dias, as águas da “Caixa d'Água do Brasil”. Nada acontece com eles, como se isso fosse normal.

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13-05-2024 às 08h:51

Alberto Sena Batista

Muito rica a noite de sábado, 11 de maio, véspera do Dia das Mães. Começou com a narrativa de uma pessoa em viagem pela ilha da música, uma ilha feliz, mundialmente conhecida como Cuba, onde os músicos tomam conta das ruas, as pessoas cantam e as crianças brincam alegremente.

Lá há alegria de viver, mas não quer dizer que seja um paraíso porque sofre os rigores do boicote imposto pelos Estados Unidos da América do Norte. Mas há liberdade, ao contrário do que boa parte do mundo possa conceber.

Lá, os músicos tomam conta das ruas e não deixam nenhum violino no telhado.

Os cidadãos cubanos têm Educação assegurada e de qualidade, recebem o suficiente em termos de alimentação. Têm atendimento médicos também de qualidade. Há desigualdades, mas não há ninguém morrendo de fome pelas ruas, nem mendigos espalhados pelas calçadas de Havana.

As ruas são limpas, as cidades são belas, bem cuidadas. Há reclamações contra o governo Miguel Mario Díaz-Canel Bermúdez, professor universitário, engenheiro eletrônico e político cubano. que serve hoje ao país como Presidente da República de Cuba.

A liberdade é atestada a partir do poder de criticar abertamente o governo. Só para se ter uma ideia do que é Cuba, é um país menor do que o nosso menor estado, Sergipe.

Em rápidas pinceladas, como diria o grande artista Salvador Dalí, foi em resumo essa visão a nós transmitida pelo banqueiro Fernando Neto, colunista do Diário de Minas, que lá esteve recentemente. Ele expôs a sua surpresa, a uma roda de amigos como o professor Paulo Roberto Cardoso, o jornalista Tito Guimarães e a pastora Fabianna Reis, natural de Montes Claros.

A nossa conversa, mais tarde, se estendeu até a casa-sítio do professor e médico Apolo Heringer Lisboa, no Bairro Estoril, onde aconteceu uma explosão de conhecimentos da ciência em torno do meio ambiente, com a imagem do grande erro cometido no espelho d’água de Sobradinho, tamanha ignorância dos construtores, que fizeram rasa a barragem e, assim, entregaram a água à evaporação.

E a história detalhada da ressurreição? Ignorante da história bíblica, Tito Guimarães diz ter navegado naquele generoso filme, detalhado em que operaram a retirada do corpo da cruz, convencendo os romanos da morte “de quem ainda estava vivo”. Roteiro de quem gosta de cinema e ele, Tito, gosta. Independentemente “da verdade histórica como Quentin Tarantino ensina no Bastardos Inglórios, em que registrar a morte de Hitler em um cinema de Paris”.

Apolo destacou como Gamaliel, José de Arimateia e Nicodemus conseguiram autorização para tirar o homem crucificado. Os três eram membros do Sinedrio espécie de STF e defenderam Jesus, como um profeta caro à tradição judaica. Assim conseguiram retirá-lo da cruz. Para surpresa de todos, ele estava respirando. Só fizeram recuperá-lo. Deixaram o túmulo vazio como foi encontrado por Maria Madalena.

Tivemos ali, noite memorável, inclusive o resgate, e a continuação da premiada matéria sobre o “O “roubo” do Rio Verde Grande”, na Jaíba, região que ainda é considerada “um oásis do Norte de Minas”.

Há em ação o que se pode chamar de “uma quadrilha de empresários (um grupo oculto numa entidade) “rouba” e roubam, todos os dias, as águas da “Caixa d'Água do Brasil”. Sobre esse tema, Apolo Heringer Lisboa será para o Diário de Minas o “Virgílio” a nos guiar pelo Inferno de Dante Alighieri, a Divina Comédia.

O caso do “roubo” do Rio Verde Grande, cuja matéria valeu um prêmio de reportagem e a inserção dela no “Cadernos de Jornalismo 1”, da Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais (Fenaj). O que aconteceu com o Rio Verde Grande envolveu o empresário Leonardo Augusto Ferreira, que empreendeu três projetos agrícolas na região da Jaíba. Eram dois de agricultura e um de pecuária. Ele quis construir uma versão do que viu na Califórnia, nos Estados Unidos, onde os agricultores usam as águas das geleiras para irrigação, com sucesso e grandes silos para armazenar grãos.

Mas o que é bom para os EUA não foi para o Rio Verde Grande, cuja cava está assoreada. Não havia água suficiente para projetos desse porte. Ele instalou 11 pivôs centrais de 500 metros de raio, de modo que quando todos eram ligados, literalmente chupavam a água do rio e ninguém abaixo recebia uma gota.

Nada melhor para um repórter do que ir ao local dos acontecimentos. Constatado o “roubo” do rio – “roubo” que atualmente foi instituído por um grupo de empresários e praticado de maneira sutil – o caso foi denunciado por meio da reportagem. Os planos do empresário foram por água abaixo, com financiamento da Sudene.

Como recomenda Tito Guimarães Filho, que possui Prêmio Esso de Reportagem, com o caso do operário Jorge Defensor, várias pautas foram anotadas na referida noite de 11 de maio, véspera do Dia das Mães.

“Fomos testemunhas de uma noite memorável, uma aula que nos interessava assisti-la há muito tempo, com as presenças de um doutor professor da Faculdade de Direito da UFMG e um dos criadores da Faculdade de Ciências do Estado, dr. Paulo Roberto Cardoso, presidente do Conselho Editorial do Diário de Minas e do banqueiro Fernando Neto, colunista do DM, em aula patrocinada pelo também professor e médico Apolo Heringer Lisboa.

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Conheço o Sena desde o EM. Ela precisa reciclar. Tem ótimo texto, mas politicamente está perdido.

Alberto Sena tá vivendo no mundo de Narnia. puts! De cada 10 cubanos, 9 quer sair da ditadura de lá; passam necessidades básicas e sem liberdade.

 

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