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Ferrovia Alysson Paulinelli vai alavancar o Agro

Ferrovia Alysson Paulinelli vai alavancar o Agro

O projeto, da Macro Investimentos, vai trazer a ferrovia de volta, mas com muito mais mobilidade do que a de antigamente, que perdeu fôlego depois da indústria automobilística

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18-06-2024 às 09h:50

Alberto Sena*

Foi um acontecimento que deveria ter sido antecedido por   apresentação de uma euterpe, como se fazia em tempos nem tão antigos assim, para chamar mesmo a atenção e levar à assistência da apresentação do projeto EF-352 Ferrovia Alysson Paulinelli, por parte do “chief executive officer”, Fabrício Cardoso Freitas, em um encontro fechado, na Rua Maria Luiza Santiago, 200, Bairro Santa Lúcia, nesta segunda-feira, 17.

Antes, porém, foi servido café da manhã, porque tudo se iniciou às 9h, e, enquanto os convidados sentados às mesas redondas trocavam suas ideias, o presidente da Academia Latino-americana de Agronegócio (Alagro), Manoel Mário de Souza Barros aguardava a presença da secretária de Meio Ambiente, Marília Carvalho de Melo, que não compareceu nem foi explicada a ausência dela. Todos foram para o auditório onde se deu a apresentação  

Foi de tamanha importância o evento, que o governador Romeu Zema (ou o vice-governador, Mateus Simões) – mandou representante (Caio Coimbra, subsecretário de Política e Economia Agropecuária de Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais) devia estar presente, assim como também o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe Nogueira.

Nenhum deles teve a percepção e a visão de futuro do ex-governador Eduardo Azeredo, que prestigiou o acontecimento e até fez uso do microfone para dizer sobre as dificuldades para se empreender em Minas devido às exigências ambientais, “que devem ser respeitadas”, mas é necessário arranjar opções e nesse particular, a Assembleia Legislativa (AL) é de grande importância.

E ele citou o exemplo da proibição do corte de pequizeiro, o que quase tirou a Ambev de Sete Lagoas, até que a AL resolveu o problema determinando que cada pequizeiro derrubado devia ser compensado com o plantio de 25.

Disse também que este é “um projeto de bilhões”, que deve contar com recursos de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e instituições internacionais, dando a entender que apesar dos percalços é factível e muito vai favorecer o escoamento da produção.

Antes de Azeredo falar, o presidente da Alagro, muito solícito, e não sem razão, pois ali se achava diante de um dos grandes projetos que poderá ter forte influência na vida da população brasileira. E por falar nisso, Manoel Mário chamou a atenção para a necessidade de investimento “para matar a fome” – em seguida ele se corrigiu – “investimento em segurança alimentar” porque mais da metade da população está em "insegurança alimentar". E não tem sentido isso, considerando que o País produz 320 milhões de toneladas de grãos.

Mariza Paulinelli, esposa de Alysson, ali presente falou do quanto a ferrovia é essencial para alavancar o agronegócio e com a implantação do projeto “vai ganhar o Brasil e a agricultura”. Ela agradeceu a homenagem ao irmão em nome dela e dos filhos dele, que não puderam presenciar o evento.

Outras pessoas fizeram uso da palavra, como o deputado Antônio Carlos Arantes, que se dizia cheio de compromissos e por isso ia falar pouco, lembrando que na AL há dois projetos com o nome de Alysson Paulinelli, um é de medalha para homenagear pessoas que se destacarem no setor agro e outra é dar o nome dele a um anexo construído no Parque de Exposições. Arantes disse que as portas da AL estão abertas para o projeto ferroviário.

Em seguida, o projeto foi dissecado por Fabrício Cardoso Freitas, chefe executivo, apresentado em tela no auditório. A empresa é focada em “desenvolvimento com excelência de projetos empresariais sustentáveis voltados à biossegurança e emissão de carbono zero”.

Com o apoio institucional da Alagro, o Projeto Ferroviário da EF-352 Ferrovia Alysson Paulinelli é fruto de duas autorizações do Governo Federal obtidas em 2021.

São dois os trechos, um vai interligar Presidente Kennedy (ES) a Sete Lagoas (MG), com um ramal em Conceição do Mato Dentro (MG). O segundo vai interligar Sete Lagoas e Anápolis (GO), possibilitando a conexão da Ferrovia Ministro Paulinelli à Ferrovia Norte Sul; a expansão da rede ferroviária nacional; o escoamento ágil de commodities à costa brasileira; maior facilidades de exportação de commodities brasileira.

Fabrício mostrou tudo com imagem e comentários, demonstrando a grandiosidade do projeto, que, certamente, trará de volta a ferrovia de antes, melhorada, e, espera-se que não seja exclusiva para o agronegócio, até para projeto ser recebido com entusiasmo por parte da população e por onde os trilhos vão passar.

*Editor Geral do DM

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