Extrema fabrica Água
O município de Extrema encontrou modelo de conservação de água que pode garantir aos mais de 50 mil habitantes, a possibilidade de ter um futuro mais sustentável, verdadeira fábrica de Água
19-08-2024 às 09h:44
Direto da Redação
Ou acontece um esforço concentrado em Minas Gerais, senão no País, ou vai acontecer escassez de água devido aos maus-tratos sofridos pela natureza ao longo dessas décadas de exploração.
Lá em Extrema (MG) o projeto “Conservador de Águas” adotado pelo município, pode servir de exemplo para outros com os mesmos objetivos deste que já colhe resultados. Cerca de 400 deles adotaram o projeto, e esta é a melhor notícia.
Extrema encontrou um modelo de conservação de água que pode garantir aos seus mais de 50 mil habitantes, a possibilidade de ter um futuro mais sustentável – e com água para todos.
“Plantar programas para conservar principalmente os mananciais de abastecimento era fundamental para o desenvolvimento até mesmo econômico do município de Extrema, tendo como base os serviços ambientais prestados pela natureza”, quem diz isto é o idealizador do projeto “Conservador das Águas”, Paulo Henrique Pereira.
Para ficar mais fácil de ser a ideia multiplicada, convém destrinchar o projeto. As mudas são cultivadas na sede do município e depois levadas e plantadas em áreas de preservação e reflorestamento.
Tudo é feito na mão. São plantadas uma média de 700 a 1000 mudas por dia. E já foram plantadas mais de 3 milhões de árvores em 25 anos, quando começou de fato. É de vanguarda, esse projeto, que, aliás, já devia estar sendo copiado pelo Brasil inteiro há décadas e a situação ambiental já seria outra mais promissoras.
As nascentes do município de Extrema ficam na Serra da Mantiqueira, um maciço onde há situações em que se tem a impressão de que Deus levou mais tempo para criar. Essas nascentes sustentam quase 70% do sistema Cantareira, o principal sistema de abastecimento da cidade de São Paulo.