20-05-2024 às 09h:40

Direto da Redação

Que a estrada de ferro é o meio de transporte de carga e de passageiros o mais viável para o Brasil, parece não haver dúvida, principalmente levando-se em conta a extensão territorial brasileira.

Houve um tempo em que um trem de ferro saía de Salvador, na Bahia, passava por Montes Claros, no Norte de Minas, e Belo Horizonte até ao Rio de Janeiro (RJ) e apesar de ser uma viagem demorada, era um meio de transporte apreciado.

O transporte de trem de ferro tinha hegemonia, até o presidente Juscelino Kubitschek comprar o “lobby” norte-americano de automóveis e teve de construir rodovias, relegando a estrada de ferro a um segundo plano até que foi extinta a Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), o que causou prejuízos múltiplos com o fechamento de estações em várias regiões mineiras.

Mas parece que estão reconhecendo a importância da estrada de ferro porque uma nova ferrovia deve ser construída entre Minas Gerais e o estado do Espírito Santo. O governo federal acaba de aprovar a captação de recursos no mercado e a desoneração fiscal para a empresa Petrocity, que havia anunciado o plano em 2021. Se o investimento for confirmado, as obras podem começar em 2026, com 90 anos de exploração, ao custo de R$ 5 bilhões.

Agora, a empresa avalia se o Vale do Aço receberá duas plataformas da futura estrada de ferro.

A Petrocity conseguiu a aprovação em regime especial  de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi) para três projetos. O de Minas Gerais ao Espírito Santos, que ligará Barra de São Francisco a Ipatinga, no Vale do Aço, com 242 quilômetros de extensão; a estrada de ferro Planalto Centro, de  Unaí (MG) a Campos Verdes (GO), com 530 quilômetros; estrada de ferro Juscelino Kubitschek, de Mateus (ES) a Santa Maria (DF), com 310 quilômetros de extensão atravessando os estados do Espírito Santos, Minas Gerais e o Distrito Federal.