26-06-2024 às 11h:55

Direto da Redação

 Total de R$ 30 bilhões: é o total dos investimentos que o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) estima que o setor de minerário irá investir para descaracterizar as 74 barragens a montante existentes no Brasil desde 2019. Por enquanto, já foram gastos 10 bilhões do total para descaracterizar 22 barragens e faltam outras 52 dentro do prazo de quatro anos.

Depois dos desastres ocorridos em Mariana e Brumadinho, nas barragens da Vale S.A., os mineradores caíram na real e perceberam que as barragens a montante são risco em potencial e por meio da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), as ainda existentes estão sujeitas a serem descaracterizadas.

Essas barragens, enfim, estão proibidas e serão “descomissionadas e descaracterizadas progressivamente”, enfatizou o diretor-presidente do Instituto, Raul Jungmann, ao falar dos avanços na gestão de barragens de mineração.

Mas os perigos das barragens estão por todos os cantos do Brasil. São, no total, 26.679 de todos os setores integrantes do Registro no Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB/ANA).

Desse total, 942, isto é 3,5% são barragens de mineração. Esse acompanhamento, para o Ibram, funciona como um “serviço de utilidade pública, atende o compromisso que o setor mineral brasileiro, fazendo com que tenha transparência, sustentabilidade e a segurança das pessoas”.

No caso das barragens de mineração, 48,8% estão inscritas na PNSB, cumprem critérios importantes para estarem registradas: capacidade do reservatório maior ou igual a 3 milhões de metros cúbicos (m3) e com resíduos perigosos; altura do reservatório maior ou igual a 15 metros; risco alto; e dano potencial médio ou alto.

Em nível de “alerta máximo”, o Estado mineiro possui três barragens. E em alerta e emergência, são 93 barragens: Sul Superior de Barão de Cocais; a Forquilha III, em Ouro Preto, e a Serra Azul, na cidade de Itatiaiuçu.