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Em Diamantina, a festa continua

Em Diamantina, a festa continua

A impressão era de felicidade entre as pessoas, numa experiência excitante. Com fogueira, como nos tempos velhos, nos interiores, quando as ruas eram de terra batida e as famílias se reuniam

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24-06-2024 às 08h:55

Alberto Sena*

Por esses dias, sábado, domingo e esta segunda-feira, o Diário de Minas foi editado diretamente da cidade de Diamantina (MG). E a partir de amanhã, será diretamente de Montes Claros, Norte de Minas. Aqui, em Diamantina, há um microclima. Enquanto em Belo Horizonte o inverno chegou também, mas nem tão rigoroso como antes, em Diamantina, só os mais renitentes não se agasalham.

Aqui, o frio chega a doer nos ossos, embora nesta temporada há quem diga que “o tempo mudou”, como de resto, no mundo inteiro, devido às mudanças climáticas.

Em outra oportunidade, disse que “Diamantina é uma festa” parafraseando o escritor norte-americano, Ernest Hemingway, autor de livro “Paris é uma festa”. Neste caso, guardadas as proporções, é impressionante a alegria das pessoas nas ruas de Diamantina, principalmente nos fins de semana. Parecem não dar a mínima para as ladeiras e subidas calçadas com pedras e lajotas.

Este sábado foi um bom exemplo do que acabo de dizer. Enquanto no Beco da Tecla os comerciantes de reuniram como têm feito todo sábado, com música ao vivo e a rua inteirinha tomada por nativos e turistas, a alegria se espalhou às imediações e se expandiu até o Largo Dom João onde uma multidão dava graças a São João, comemorado hoje, 24, segunda-feira.

Ao atravessar a cidade, à noite, a impressão era de felicidade entre as pessoas, numa experiência excitante. Com fogueira, como nos tempos velhos, nos interiores, quando as ruas eram de terra batida e as famílias se reuniam às portas ao redor do fogo.

Sensação sentida nessa noite me remontou ao dia em que o CEO do Grupo AtualBank, Fernando Neto narrou a um grupo de amigos, a sua ida a Cuba, que ao longo das décadas foi apontada como vilã, quando sempre foi vítima do bloqueio promovido pelos Estados Unidos, desde a Era Fidel Castro.

Fernando Neto contou que, em Havana, não há pedintes na rua e as pessoas vivem felizes e livres, inclusive com direito a criticar o governo. A alegria campeia pelas ruas, por onde as pessoas passam a tocar e a cantar, contrariando todas as mensagens negativas sobre Cuba de Fidel, impostas por Tio Sam.

Essa alegria em Cuba é semelhante à que ocorre em Diamantina, onde na Rua da Quitanda, sábado à noite foi realizada mais uma Vesperata, quando os músicos tocaram do alto de sobrados, para o público sentado às mesas na rua, numa serenata ao contrário, evento realizado há décadas. Mas já foi mais democrático no início das apresentações quando era aberto ao público e só se sentavam às mesas quem queria consumir algo.

Agora, as ruas adjacentes são fechadas e só entra quem tiver mesa comprada. Ninguém entra se não tiver adquirido antes as mesas. Ninguém fica em pé. Mas há quem fique nas ruas das proximidades assuntando a Vesperata.

 *Editor Geral do DM

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