CPI denuncia quem afogou R$ 1 bilhão na Lagoa da Pampulha
Relatório aprovado em plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte pede o indiciamento de 11 pessoas. O relato é do vereador Bráulio Lara (Novo), e precisa ter consequências
03-06-2024 às 08h:47
Direto da Redação
Há pelo menos meio século, a Lagoa da Pampulha, cartão postal de Belo Horizonte, mantinha grande efervescência em suas águas. Havia competições de barcos e quem passava pela orla podia assistir. As águas da lagoa ainda não estavam poluídas. Havia quem pescava nela com frequência.
Mas a poluição chegou e há décadas são gastas grandes somas de recursos públicos para despoluir as águas que recebem todo tipo de poluentes vindos principalmente de córregos de Contagem. E um verdadeiro faz de conta se deu de lá para cá.
Por último, criou-se uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Lagoa da Pampulha, na Câmara Municipal de BH, cujo final divulgou um relatório que foi aprovado e pede o indiciamento de 11 pessoas.
O relatório final foi aprovado em plenário por 5 votos e uma abstenção e pede o indiciamento de 11 pessoas. O relato é do vereador Bráulio Lara (Novo).
O pedido de indiciamento será enviado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), apontando na direção do atual secretário de Assistência Social, Josué Valadão; o secretário de Obras e Infraestrutura, Leandro César Pereira, mais os engenheiros Ricardo Miranda Aroeira e Ana Paula Fernandes Viana Furtado, ambos da Diretoria de Gestão de Águas Urbanas, órgão da Prefeitura de Belo Horizonte.
Mas no relatório estão ainda órgãos das secretarias da PBH, servidores e diretores de algumas secretarias. Mais: sugere investigação na Fundação Municipal de Cultura, Prefeitura de Contagem e na Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
Pelos indícios, o caso da Pampulha não podia ser diferente, até a suspeitas de crimes de corrupção passiva, prevaricação, fraude em licitações, improbidade administrativa, falsidade ideológica e estelionato.
Acompanharam o vereador Bráulio Lara na aprovação do relatório os vereadores: Cleiton Xavier (MDB), Jorge Santos (Republicanos) e Henrique Braga (MDB).
Foram investigados na CPI contratos da prefeitura da capital com empresas para limpeza da Lagoa da Pampulha. Foi apurado que mais de R$ 1 bilhão foi afogado nas águas poluídas da lagoa e nenhum resultado positivo se deu.
Os trabalhos que redundaram neste relatório foram iniciados faz 90 dias e os integrantes da CPI ouviram 11 pessoas envolvidas, e realizou 15 reuniões. Essas pessoas estariam envolvidas com contratos de serviços de despoluição da lagoa, que permanece poluída como há décadas.
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