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Cerol na linha de pipa tem de ser abolido

Cerol na linha de pipa tem de ser abolido

De janeiro até junho os acidentes provocados por linha com cerol fizeram 14 vítimas, em Minas Gerais, sendo que duas delas foram a óbito. Cerol na linha vai custar até R$179 mil a quem for autuado em flagrante

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19-07-2024 às 09h:40

Direto da Redação

É até difícil de compreender e mais ainda de aceitar, que uma simples brincadeira de criança, de todas as idades, possa se transformar numa arma mortal. Estamos falando do ato de empinar pipa ou papagaio de papel impermeável, com o uso de cerol na linha. É também até difícil de acreditar que esse tipo de mau uso de uma brincadeira tão divertida, aumentou em quase 30%, em Minas Gerais, como informa a secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Só de janeiro a junho, aconteceram 14 acidentes de trânsito no Estado com vítimas de cerol, sendo que duas delas não resistiram aos ferimentos feitos pelas linhas enceradas com cacos de vidro em pó e morreram. Isso jamais aconteceria se as linhas não fossem tratadas assim e o ato de uns laçar os outros seria uma das partes mais divertidas da brincadeira de empinar pipa, como se fala em BH, mas no interior o artefato é chamado papagaio.

Desde o processo de cortar o papel para confeccionar o artefato, com o uso de bambu, chamado de talisca, ao fazer o chamado “cabresto”, onde se amarra a ponta da linha de um carretel para soltá-lo aos ventos, é possível saber de onde vem o vento e para onde ele vai.

Empinar papagaio, para quem vai mais fundo no ato, é dotado de uma aura espiritual, porque o artefato acaba sendo o prolongamento de quem está na ponta da linha e com gestos o conduz lá no alto. Melhor ainda quando a criança dispõe de uma manivela, o que torna o ato mais seguro.

Mas, então, veio o cerol e o jovem (pais ou responsáveis) que for apanhado brincando com linha batizada com cerol ou linha chilena pode ser multado em R$ 179 mil - nos casos de reincidência. Se os itens apreendidos estiverem com crianças, os responsáveis legais são notificados e o Conselho Tutelar, acionado.

Para alertar as pessoas sobre os riscos, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) promove a campanha “A Vida por um Fio”. A ação incentiva as pessoas a denunciar o comércio ilegal e os locais onde os materiais são fabricados. Uma ligação anônima pode ser feita por meio do Disque Denúncia 181.

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