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ACPAC de Capelinha já faz a fundação do Hospital do Câncer

ACPAC de Capelinha já faz a fundação do Hospital do Câncer

Uma luta popular para construir o hospital e reduzir o sofrimento das pessoas acometidas de câncer, que por até duas vezes por semana têm de viajar a Belo Horizonte

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17-05-2024 às 10h:10

Direto da Redação

O Hospital de Combate ao Câncer de Capelinha e Região (do Vale do Jequitinhonha) já está em fase de fundação, com a ajuda de um empresário que cedeu o terreno e a participação popular. Os dirigentes de grandes empresas da região, como a Aperam BioEnergia e a Sigma Lítio – ao primeiro foi pedido ajuda e o segundo prometeu que daria e não cumpriu – não se sensibilizaram, de modo que é o povo que está construindo o hospital.

A fase atual é de fundação e isso quem banca é a população como aconteceu na segunda-feira, 13, quando uma comunidade carente de Capelinha fez um leilão e conseguiu arrecadar R$ 15 mil. A construção vem sendo levantada com recursos da população, mas isso não significa que não possa receber doações de empresas.

A assistente social Mônica Marques, que integra a direção da Associação Capelinhense de Apoio a Portadores de Câncer (ACPAC), entidade responsável pela construção, disse ao Diário de Minas sobre a luta para construir o hospital e reduzir o sofrimento das pessoas acometidas de câncer, que por até duas vezes por semana têm de viajar a Belo Horizonte, de ônibus, para tratar da saúde.

São cerca de 600 quilômetros para ir e outros 600 quilômetros para voltar e muitos não têm recursos para se manter na capital e ainda assim precisam viajar a fim de se submeterem ao tratamento.

Segundo Mônica, a região de Capelinha registra o maior índice de ocorrência de câncer e ela afirma que é porque cresceu o número de diagnóstico, entretanto, à boca pequena corre pelo Vale do Jequitinhonha, como uma das causas do alto índice da doença, o uso exagerado dos venenos aspergidos nas extensas monoculturas de eucalipto, principalmente por parte da Aperam BioEnergia, empresa estrangeira que adquiriu a Acesita.

O que se ouve dizer pelo Vale do Jequitinhonha é que a população está ingerindo água envenenada por agrotóxicos, que penetram os lençóis freáticos e chegam aos rios de onde sai a água para a população. O Diário de Minas está ocupado com essa questão, e até pediu uma entrevista ao procurador Geral Jarbas Soares Júnior, no dia 23 de abril, para tratar do assunto, mas até esta edição não houve resposta, mas o DM não perdeu a esperança de ser atendido.

O procurador esteve em Capelinha, em contato com a assistente social Mônica Marques, da ACPAC, que, incansavelmente, vem cuidando de amenizar o sofrimento dos que padecem de câncer. Com um hospital local, os pacientes não precisarão viajar 1,2 mil quilômetros toda semana para receberem tratamento na capital

Como disse Mônica, duas coisas aconteceram na região que são consideradas as maiores. A primeira foi o asfalto levado pelo então governador Newton Cardoso (1987-1991), que, inclusive, é grande produtor de eucalipto no Vale do Jequitinhonha. E a segunda coisa é a construção do Hospital de Combate ao Câncer de Capelinha e Região.

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