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A sensibilidade das pedras

A sensibilidade das pedras

Um dos vários pontos da região de Grão Mogol para a prática do exercício da pareidolia, é nas margens do Rio Itacambiruçu, servidor do Rio Jequitinhonha.

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02-06-2024 às 09g:19

Bento Batista

Grão Mogol, município localizado na linha imaginária entre o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha, é um dos lugares onde mais pedras existem. Parece que no momento da criação, gastou-se quase todo o estoque de pedras, o que faz das redondezas da cidade donas das mais bonitas paragens.

Na verdade, as redondezas de Grão Mogol são talvez os melhores lugares para o exercício da pareidolia. Se você não sabe do que se trata, é o seguinte: é um fenômeno psicológico que leva a gente a ver figuras em pedras, nuvens, sombras e nos formatos de árvores da paisagem.

Um dos vários pontos da região para a prática desse exercício, é as margens do Rio Itacambiruçu, servidor do Rio Jequitinhonha. Foi numa dessas idas lá que se pôde colher uma das mais expressivas imagens frutos da pareidolia. Esta da foto que foi batizada como “O beijo de Pedra”.

A interpretação da foto é clara para quem tem olhos de ver. Dá a impressão de um ato de uma mãe a amamentar uma criança, o que realça a importância do leite materno para os recém nascidos. O leite materno contém tudo que a criança precisa nessa fase, inclusive proporciona imunidade.

As pedras de “O Beijo de Pedra” foram vistas de manhã, em um sábado, quando em companhia de Sílvia Batista andávamos pela margem esquerda do Rio Itacambiruçu, que corta Grão Mogol, em um ponto de grande ocorrência de pedras escuras. Para os leigos como nós, podem ser pedras vulcânicas.

Com a publicação dessa foto, além do estímulo à amamentação, é uma maneira de chamar a atenção também para o beijo. Afinal, são duas pedras e uma beija a outra, com a maior pureza. E quem acha que pedra é realmente dura, está enganado porque nem tão dura é assim. E eis na foto em tela a prova da “sensibilidade” de pedra.

Grão Mogol nasceu a partir da mineração de diamante, e em um período recebeu gente do mundo inteiro. Atualmente, o garimpo é proibido no Município. E a cidade quase caiu no esquecimento, até que um filho da terra, Marcos Lúcio Bemquerer, retornou depois de um exílio voluntário de décadas para criar o “Presépio Natural Mãos de Deus”, o maior do mundo, doado por ele à Paróquia de Santo Antônio, pouco antes de falecer.

 

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