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BH “cidade dormitório”

BH “cidade dormitório”

Houve um tempo em que Belo Horizonte cresceu repentinamente e nos dias atuais a cidade estagnou e perdeu muitos moradores para as cidades da Região Metropolitana, em busca de qualidade de vida

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18-09-2024 às 09h:03

Direto da Redação

Há quem insista em dizer que Belo Horizonte é a “Capital dos Negócios”, assim como há quem considera tudo isso balela. É só para não dizer que a nossa capital nada ou pouco tem de atrativo para os turistas. E assim, continua como “cidade dormitório” que sempre foi, para quem os turistas interessados em conhecer Ouro Preto, Sabará, Mariana, Diamantina, Serro, devido ao fascínio pela história da colonização do Brasil.

Ainda mais nos dias de hoje, a cidade não oferece nada para o turista. Se ele cair na bobagem de ir andando pelas ruas do Centro da cidade, poderá se arrepender amargamente, senão morrer atropelado por um carro.

Se o turista estiver com necessidade de fazer a função fisiológica número um, verter água como já diziam, urinar ou mijar, ele irá fazer nas calças se não tiver um banheiro privado ele se satisfazer.

Se a necessidade for a de número 2, defecar, fazer cocô, cagar, o turista terá de fazer nas calças ou na rua. Se ele fizer as necessidades na rua, correrá o risco de ser preso por, digamos, “atentado ao pudor”.

Neste caso, a vergonha seria nossa, de quem tiver pudor, se um turista for preso porque estava, como se diz, “apertado” e não encontrou nenhum banheiro público. Os banheiros públicos encontrados na capital estão no Parque Municipal, na Rodoviária ou em algum restaurante ou lanchonete, se ele, espertamente, entrar com a desculpa de comer alguma coisa só para se desapertar.

Satisfeitas as necessidades fisiológicas, se o tal turista à noite for a um restaurante para jantar, tem de comer logo porque às 22h vem o garçom e diz: “Vai pedir alguma coisa da cozinha, pede agora porque o serviço é encerrado às 23h”.

Sim, porque as cozinheiras ou cozinheiros, mais os garçons moram do outro lado da capital ou nas cidades da Grande BH, e se não tomarem o último meio de transporte da noite, vai ter que dormir aqui, talvez num banco de jardim maltratado, correndo o risco de ser assaltado.

O próximo prefeito e os vereadores que se elegerem nos pleitos de 6 e 27 de outubro terão de arregaçar as mangas de camisa e trabalhar muito para sanar os vários problemas que regurgitam dessa política que parece ter ojeriza do que é social.

Haja vista o que os transeuntes deparam nas ruas da cidade e hoje em dia acham que é “uma cena normal”, pessoas ao relento, sem nenhuma perspectiva e assistência social.

Na realidade, a hipocrisia grassa feito chuchu na cerca, como se diz no Sertão, que corre o risco de virar cinzas com essas “queimadas” criminosas. A política usa do artifício da semântica para não resolver os problemas sociais.

Quer exemplo melhor para isso? As favelas da capital. Todas elas são citadas hoje como “comunidades” ou “aglomerado”, mas continuam sendo favelas mesmo porque nada foi mudado. As pessoas carecem de assistência social como sempre.

Projetos devem existir para transformar as favelas em lugares com moradias dignas, com todos os meios de assistência médica e os demais recursos encontrados fora de lá. A rigor, a urbanização foi indo e ao se esbarrar numa favela parou de avançar.

A hora de avançar, caro leitor que teve a desdita de viver numa favela, é agora, reaja e votando bem e exigindo do candidato eleito o cumprimento das promessas e a transformação das favelas e seguimento normal, urbanisticamente falando.

Depois de ações políticas que possam causar a transformação das favelas, aí, então, se poderá fazer jus a semântica usada para mascarar o problema social gritante – “comunidade”, “aglomerado”.

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