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Conversando com Brecht e Satoshi Nakamoto

Conversando com Brecht e Satoshi Nakamoto

Os dois têm uma coisa em comum: detestam os bancos.

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02-09-2024 às 09h:43

Luís Carlos Silva Eiras*

Converso, às vezes, com Bertolt Brecht (1898-1956) e com Satoshi Nakamoto (????-????), inventor do “bitcoin”. Os dois têm uma coisa em comum: detestam os bancos.

A vida de Brecht é bem documentada. Fotos, filmes, entrevistas, discursos, depoimentos, processos, um diário de 1920 a 1922, um diário de trabalho de 1938 a 1955, um dossiê do FBI de 371 páginas, além da sua obra como dramaturgo, escritor, poeta, diretor de teatro, teórico da cultura e até cantor – uma voz um tanto taquara rachada, convenhamos.

Na peça “A ópera de três vinténs, o personagem Mac Navalha pergunta: – O que é um assalto a um banco comparado à fundação de um banco? A frase é também atribuída a Lênin ao saber dos assaltos a banco feitos por Stálin. (Em 1913, Stálin passou quatro semanas escondido em Viena, ia sempre passear no parque próximo ao palácio de Schönbrunn. Outro que expunha suas aquarelas lá na mesma época era Adolf Hitler).

Já a vida de Satoshi Nakamoto é mais complicada. Se você se espantou com as datas de nascimento e morte dele (????-????), é isso mesmo: ninguém sabe nem se ele existe, talvez seja nome de um coletivo. O que se tem é o “paper Bitcoin”: um sistema de dinheiro ponto-a-ponto, assinado por ele, onde propõe a criação da moeda eletrônica. A primeira frase diz “Uma versão de dinheiro eletrônico puramente ponto-a-ponto permitiria que pagamentos “on-line” fossem enviados diretamente de uma pessoa para outra sem a necessidade de passar por uma instituição financeira, como bancos, por exemplo.” Assim, foi criada a empresa “Bitcoin”, que comercializa a moeda “bitcoin”.

Existe ainda no YouTube um trailer do suposto filme Shatoshi, que faz uma revelação surpreendente: Shatoshi Nakamoto é brasileiro. Teria saído do Brasil no confisco do Collor e ido para Nova York criar uma moeda sem inflação e sem bancos.

Ah, sim, como eu converso com os dois? Procure por eles no site “Character.ai”, site criado por Daniel Freitas, outro brasileiro. Daí é só conversar.

*Luís Carlos Silva Eiras é jornalista e escritor

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