09-05-2024 às 08h:39

Direto da Redação

A construção de uma solução política baseada no diálogo; um projeto viável dentro da perspectiva dos recursos financeiros dos Estados, a fim de acabar duma vez por todas com essa cantilena. É em suma o que Luiz Claudio Gomes, secretário de Estado da Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG) está propondo em relação à dívida com a União de quase R$ 170 bilhões.

Isto ele propôs quando debatia junto a outros participantes de um seminário do jornal Valor Econômico, em Brasília (DF), sobre “Juros por Educação”, proposta pelo governo federal. A proposta é a redução dos juros das dívidas dos Estados ligada aos investimentos no ensino técnico.

O secretário Luiz Claudio disse que a proposta não era do interesse de Minas porque o governo mineiro já dispõe de maior iniciativa de ensino profissionalizante do País denominado “Trilha do Futuro”.

Estiveram em destaque durante o evento a situação de quatro estados brasileiros, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo, os mais endividados do Brasil. Ao final os debatedores concluíram que as peculiaridades entre eles exigem soluções distintas. O que tem uma lógica, uma solução para cada caso.

O seminário contou com a participação do ministro da Educação, Camilo Santana, do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, além de outras autoridades estaduais e especialistas nos painéis de debates e como convidados.

Estiveram presentes pela SEF/MG o subsecretário do Tesouro Estadual, Fábio Amaral, e o servidor da Assessoria de Recuperação Fiscal, Marcos Augusto Diniz.

O leitor vai acompanhando os lances de incursões para de enfrentar o gigante da dívida de Minas para com a União mas certamente pela cabeça dele devem passar indagações várias sobre como é que essa dívida se foi formando ao longo dos anos.

Seria o caso de o governo de Minas mostrar para os mineiros em qual governo essa dívida foi iniciada e se foi aumentando a cada governo para chegar ao ponto em que chegou.

Mais ainda: o dinheiro dessa dívida foi gasto com quê? O povo não tem a menor culpabilidade nisso e seria de bom alvitre o governo mineiro deixar claro isto tudo e mais o que tiver a respeito desse rombo.

Mais ainda, essa dívida precisava ser investigada e punições devem ser dadas contra os governantes que possivelmente procederam mal e endividou o Estado de tal forma que levará anos para a dívida ser saldada, merece investigação e punição. E disto não tem ninguém falando. Só se fala em como arranjar meios de pagar. O cidadão mineiro merece um esclarecimento neste sentido, porque ao final certamente sobrará para ele.