23-04-2024 às 16h:08

Fernando Neto*

Em 50 anos, o Brasil será maior que os Estados Unidos! Essa afirmação pode soar fantasiosa ou panglossiana, mas a verdade é que devemos nos preparar para assumir nossa posição real e efetiva de liderança no mundo. Temos todas as condições para que isso se torne real, sólido, na mesma direção que caminhará a crise econômica que se agravará na América do Norte nas próximas décadas. Isso é inevitável! Chineses, russos, indianos já compreenderam e se posicionam diante a mudança em curso, o Brasil precisa fincar suas estacas em seu próprio território e estabelecer quais são os obstáculos que precisamos superar. Notícias boas já temos de sobra e o lado positivo todos sabem quais são, principalmente fora do País, todos já sabem da nossa extensão territorial, capacidade de produção alimentícia, agrícola, energética, científica, tecnológica, autossuficiência de petróleo e gás, água, terra e insumos suficientes para mudar a conjuntura do mundo, só falta o próprio Brasil descobrir-se em si.

Parte deste desafio foi pautado pelo Governo Federal na apresentação do maior projeto de reindustrialização de um país pós revolução industrial. A ousadia do programa “Nova Indústria Brasil” tendo no centro a questão energética como palco principal deveria ser nota única de todo o governo. O País precisa entender, apostar, investir, defender, alinhar interesses, colocar todas as energias no que é real e, assim, transformará o Brasil definitivamente na potência que é projetado naturalmente, desde o nosso continente, até a composição dos novos blocos de liderança mundial. Entendido isso, todo o resto se torna acessório do projeto central. É imperativa a implementação e a dedicação do Estado Brasil somadas aos esforços e interesses do setor privado, industrial, financeiro, investidores nacionais, capital estrangeiro e toda sociedade brasileira imbuídos em um mesmo objetivo de desenvolvimento.  Respostas extremamente positivas já são realidade no Brasil de hoje com os anúncios vultuosos de investimento no setor automobilístico e de logística anunciados por empresas como BYD, Toyota, Hyundai, Volkswagen, Mercado Livre e várias outras.

Este Brasil forte, rico e desenvolvido deve ter como objetivo melhorar a qualidade de vida do seu povo, erradicando a fome, a miséria, reduzindo a violência, atingindo o pleno emprego, distribuindo renda, dando acesso universal à educação, incentivando e dando condições às gerações de se prepararem para os desafios de um mercado extremamente competitivo e qualificado, que será o mercado brasileiro. No Brasil, não deveríamos falar ou fazer outra coisa que não fosse discutir e implementar um dos maiores programas de desenvolvimento da economia interna, o que abraçaria também os antagonistas e adversários que teriam assim um lugar comum de discussão saudável para o país.

*Fernando Neto é Presidente do Grupo AtualBank