17-04-2024 às 08h:50

Direto da Redação

O deputado montes-clarino, Gil Pereira (PSD) é um dos mais bem votados na história do Norte de Minas e vem se especializando, dia a dia, em energia fotovoltaica associada à produção agropecuária. Ele foi eleito deputado pela primeira vez em 1994, depois de ter sido vereador e secretário na administração Mário Ribeiro, em Montes Claros (MG).

Bacharel em Administração com especialização em Comércio Exterior, o então governador Antônio Anastasia o convidou para ser o secretário de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas, em 2011, pasta exercida por ele até 2014, quando retornou à Assembleia Legislativa pela sexta vez.

Gil Pereira é atualmente uma referência em matéria de energia fotovoltaica, na região norte-mineira, na associação de produção de alimentos e energia solar.

Em várias ocasiões, como em audiência da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa, o deputado demonstrou o potencial do projeto-piloto de Sistemas Agrovoltaicos, que significa mais oferta de empregos, renda e benefícios para o pequeno produtor rural.

Inovador no País, o sistema agrovoltaico está sendo implementado pela Epamig na região do Jaíba, no Norte de Minas, considerado um dos mais desenvolvidos, comparado a um oásis porque cercado de seca periódica por todos os lados.

De repente, painéis fotovoltaicos compartilham os espaços com a pecuária e a agricultura, para a produção de alimentos e energia, sinal dos novos tempos. O interessante é que as placas sombreiam áreas de seca e muito calor. Protegem as culturas de hortaliças, e geram energia elétrica.

“Devido ao seu potencial, importância econômica e social, com excelentes reflexos para os pequenos produtores, é necessário direcionar mais recursos à Empresa de Pesquisa Agropecuária de MG (Epamig), além de mais incentivos para que também a agricultura familiar seja beneficiada com a produção de energia solar fotovoltaica”, defendeu Gil Pereira.

O deputado exaltou a importância de o projeto começar pelo município norte-mineiro de Jaíba, mas espera que seja estendido aos 853 municípios mineiros.

No mundo, o uso comercial já não é novidade na Europa e na Ásia, justamente em regiões semiáridas, onde os painéis fotovoltaicos fornecem sombra, protegem as culturas e facilitam o uso mais eficiente da água.

Aqui, participam da iniciativa pioneira no Brasil, a Cemig, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), além da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemig), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e do Instituto Fraunhofer (Alemanha e Chile).

Há casos similares em curso em outros países, como China, Holanda, Japão e Chile. Vem acontecendo avanços, mas ainda são poucos os países que adotam o sistema, principalmente em regiões semiáridas.

Os japoneses utilizam do sistema para cultivar chás e arroz. Os holandeses, para produzir frutas e flores. Os chineses, para o combate da desertificação de áreas com o sombreamento de placas. Uma iniciativa que oferece condição para a irrigação por gotejamento e assim recuperar áreas improdutivas. Os chilenos usam o sistema para produzir culturas variadas.

Quem conhece o Norte de Minas bem, com o deputado Gil Pereira, sabe em tese e na prática que o sistema fotovoltaico vai operar milagres na região. A produção de alimentos é uma vocação daquela produtiva área do Estado, principalmente para frutíferas devido à luminosidade.