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O que o bilionário fascista quer?

O que o bilionário fascista quer?

O semelhante atrai o semelhante e tanto o Musk como o Milei são farinha do mesmo saco e cada vez mais este último aprofunda o fosso onde se meteu e está metendo o povo argentino

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15-04-2024 às 07h:47

Bento Batista*

O que o bilionário fascista Elon Musk quer é o mineral lítio, que ele está vendo escapar a maior parte para a China e ele corre o risco de ficar a ver navios. Mas para conseguir o seu intento, ele precisa fazer uma versão piorada do que fez na Bolívia, grande produtor de lítio, com a deposição do presidente Evo Morales.

Depois disso, ele se confessou como o responsável pelo que aconteceu com Morales e teve a petulância de dizer que poderia fazer a mesma coisa em qualquer país. E é o que ele está pretendendo fazer aqui, mas, antes, tem de desestabilizar o governo (os Poderes) e abrir as portas para os fascistas assumirem o controle do País, com o retorno do inelegível Bolsonaro e da caterva.

A aproximação dele com o presidente da Argentina, Milei, por “amor à primeira vista”, confirma a verdade universal de que os iguais se atraem, de modo que os dois se deram bem e fazem parte de um plano maior para transformar o mundo em um joguete e satisfazer a vontade dele, que tem pinta de capiroto.

Sendo o mineral o interesse maior do bilionário, que tem em mãos o X (e na testa, imperceptível), meio de comunicação que interage com o mundo inteiro, ele o usa para espalhar o que quer e fazer o que bem entende até mesmo interferir na vida das massas e com ameaça de desrespeitar as leis, como o que fez com o Supremo Tribunal Federal (STF), na pessoa de Alexandre de Moraes.

Como diz a sabedoria popular, o semelhante atrai o semelhante e tanto o Musk como o Milei são farinha do mesmo saco e cada vez mais este último aprofunda o fosso onde se meteu e está metendo o povo argentino.

Diante desse quadro nebuloso, quem é mineiro trata logo de imaginar como é que fica o Vale do Lítio, que foi lançado pelo governador Romeu Zema em Nova Iorque na Nasdaq? E como fica a população do Jequitinhonha, depois de ter sido impressionada pelo discurso duvidoso da mineradora canadense Sigma Lithium?

Musk estava de olho na Sigma, que parece fechada com os chineses. A CEO da mineradora canadense nega que tenha havido algum contato da parte do bilionário. Resta saber se a empresa cumpre com os compromissos de adocicar a boca dos sertanejos e das sertanejas do Vale do Jequitinhonha, onde tem feito estragos cujos resultados estão mudando o ritmo de vida no município (aguardem a 2ª matéria de uma série sobre a mineradora canadense Sigma Lithium).

Mas, ambicioso como é o bilionário fascista – quanto mais tem mais quer – tudo indica que a intenção dele é controlar o mineral lítio da América do Sul, antes que os chineses, que ficam com 95% da produção da Austrália, abocanhe também o lado de cá.

Essa ação do bilionário fascista de querer desestabilizar o País tem o apoio de partidos que pretendem trazer Bolsonaro de volta ao poder, e neste sentido, ele iniciou com a Fundação Lehman, do bilionário brasileiro Jorge Paulo Lehman, bolsonarista, uma parceria. O que se lê na mídia é que “em troca de garantir o controle dos serviços de internet nas escolas públicas, Lehman defenderia a contratação dos serviços da Starlink para as escolas no interior, principalmente na Amazônia”.

Isso parece ter fundamento porque o MEC, do ministro Camilo Santana (PT), publicara uma portaria que apontava um edital para a prestação do serviço de internet nas escolas, no qual as regras, “na prática, dariam o serviço para a Starlink”. Mas os educadores e sindicatos da educação fizeram com que o MEC revogasse a portaria.

Na realidade, há uma mistura de interesses da parte de Musk, na esteira do lítio, que faz as baterias dos carros elétricos dele. Há uma corrida nem tão surda assim dele contra os chineses – e vice versa.

Se alguém se recorda, no mês de março do ano passado, foram encontradas antenas da Starlink em posse de um grupo de garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami.

*Jornalista e escritor

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