Português (Brasil)

Vereador Wagner “põe em pé o ovo de colombo”

Vereador Wagner “põe em pé o ovo de colombo”

Ao criar o Plano Municipal da Primeira Infância, aprovado em segundo turno, por unanimidade, ele entra para a história como quem contemplou as necessidades das crianças de 0 a 6 anos.

Compartilhe este conteúdo:

04-04-2024 às 09h:11

Direto da Redação

O vereador da Câmara Municipal de BH (CMBH), Wagner Ferreira (PV) vai entrar para a história como o parlamentar que pôs o “ovo de colombo em pé” (*), com a criação do Projeto de Lei 603/2023, que cria o Plano Municipal da Primeira Infância de Belo Horizonte, aprovado por unanimidade (40 votos), em segundo turno.

A questão das crianças aí estava e está a não se sabe precisar uma data, isto é, estava na cara, e os nossos políticos não enxergaram. Mas coube ao vereador Wagner Ferreira enxergar e é por isso que ele irá entrar para a história. Isto é, se as orientações registradas no projeto foram de fato aplicadas, na prática do dia a dia das crianças.

Quais orientações são? Políticas públicas para que venham enxergar “as diversidades e individualidades das crianças na primeira infância, levando em conta a idade, diferenças linguísticas, fases de desenvolvimento e possíveis especificidades como deficiências, transtornos de desenvolvimento e superdotação”.

Evidentemente, para trabalhar dentro desse espectro, há que contar com profissionais capacitados nas áreas de saúde, Educação, Cultura, Lazer, Assistência Social e Inclusão para executar essas políticas públicas, que, na opinião do Diário de Minas, são importantíssimas, o que dá a nós que estamos “dobrando o cabo da boa esperança”, o alento de ver os filhos e os netos, as nossas crianças, tendo a possibilidade de receber um atendimento que pode melhorar a qualidade do ser chamado humano.

Zero a 6 anos de idade é a fase mais importante para o desenvolvimento da “pessoinha”, o que não é nenhuma novidade. Mas uma coisa é saber disso e outra é criar meios de atender essas crianças da melhor maneira possível, como Wagner Ferreira teve sensibilidade para enxergar e criar um projeto desse, que antes ganhou corpo por meio de “debate amplo” com as entidades ligadas à primeira infância, e duas audiências públicas na Câmara.

Quem está de fora e toma conhecimento disso, interpreta da maneira como estamos enxergando a questão, baseado na surpresa dos vereadores (40), que aprovaram “por unanimidade” o projeto, como quem diz de si por si mesmo, “não é que estava na nossa cara?”

Ao comentar o projeto, o vereador disse: “A gente faz as coisas, na maioria das vezes, voltadas para os adultos. E isso traz uma série de transtornos, uma vez que deixamos de priorizar as crianças. Elas merecem toda a nossa atenção”.

Outra coisa bela e que chamou a atenção foram as quase cem crianças nas galerias do Plenário da Câmara Municipal de BH, com essa tacada de Wagner Ferreira, a capital é o terceiro município mineiro a contar com a legislação para atendimento das crianças de 0 a 6 anos.

Essas quase cem crianças nunca mais irão se esquecer desse histórico dia porque foram testemunhas oculares. Ali estavam crianças dos bairros Céu Azul (Venda Nova), Dandara (divisa da Pampulha com Venda Nova), Novo Aarão Reis (região Norte) e representantes de entidades como a Rede Primeira Infância de Minas Gerais e Movimento BH pela Primeira Infância.

Todos são testemunhas e acompanharam da galeria a votação, e em uníssono, comemoraram a aprovação do texto. Os vereadores só tiveram elogios para a iniciativa de Wagner Ferreira de levar meninos e meninas para acompanhar com os próprios olhos e ouvidos, aquilo que estava na cara dos adultos, e estes não enxergavam. Daí o dizer de que ele “pôs o ovo de colombo em pé”.

Importante também é que o projeto de lei prevê o fortalecimento do vínculo familiar e comunitário e os aspectos da personalidade das crianças, com foco nas interações e no brincar. A criança que brinca (não estamos falando de celular) será um adulto criativo, esperto, porque o cognitivo e o psicomotor foram bem formados na fase certa da infância, de 0 a 6 anos.

No caso de Belo Horizonte, é responsabilidade da PBH priorizar investimento público nas ações e fazer a divulgação para toda a população. E mais: revisar o Plano a cada dez anos.

*Para quem não conhece a expressão “ovo de colombo”, é o seguinte: numa roda de navegantes, Cristóvão Colombo lançou o desafio: quem seria capaz de pôr em pé um ovo. Os circunstantes, um por um, tentaram e não conseguiram. Colombo, então, pegou o ovo e deu uma amassadinha na ponta mais ovalada dele, sem quebrar, e o colocou em pé sobre a mesa. Daí a expressão “pôr em pé o ovo de colombo”. Estava na cara, mas ele é quem foi capaz (certamente, ele já conhecia o teste).

Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN