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Educação para a paz

Educação para a paz

Competição, no meu entender e no de Maria Montessori, é, na essência, o primeiro grão de pólvora donde gerou lá na outra ponta, a guerra. É ou, não é?

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27-03-2024 às 09h:30

Bento Batista*

Quando a Humanidade descobrir a educação dos pequeninos, desde tenra idade, voltada para a paz entre os homens e as mulheres, o planeta Terra será espacialmente, digo eu, e cosmicamente falando, sinônimo de paraíso.

Quem com outras palavras disse isso foi Maria Tecla Montessori, educadora, médica e pedagoga italiana, nascida em Chiaravalle, falecida em 1952, em Noordwijk, Países Baixos.

Ela é conhecida, inclusive no Brasil e em Belo Horizonte (MG), por ter criado o método educativo com destaque para a “liberdade, da atividade e o estímulo para o desenvolvimento físico e mental das crianças”.

A interpretação da fala dela, com a maior facilidade nos leva à reflexão e a enxergar de modo a, como se diz, cair na real. Até então, a educação aqui e em todos os cantos do planeta é dirigida para a competição.

Competição, no meu entender e no de Maria Montessori, é, na essência, o primeiro grão de pólvora donde gerou lá na outra ponta, a guerra. É ou, não é?

A Humanidade de maneira geral pensa em competição. Não é nem preciso girar nos calcanhares para enxergar isso.

Desde a nossa infância, tudo circulou, como o cão a correr atrás do próprio rabo, em torno de uma palavra só: competição.

Na sala de aula, tinha-se de ser o melhor ou um dos melhores da classe.

Nas brincadeiras, por mais pueris fossem, tinha-se de ser o primeiro, o melhor.

No jogo de finca, na bolinha de gude, na confecção de papagaios de papel impermeável.

Em tudo, enfim, e principalmente na competição mercadológica na fase adulta.

Se não for o melhor, tem-se de estar entre os melhores, senão o próprio mercado rejeita, porque a competição é enorme, cruel, como numa brincadeira de gata parida.

O momento é a prova cabal da quantidade de verdade que há nas palavras de Maria Montessori, a partir da invasão russa no território da Ucrânia.

Em vez de resolver as questões pelo meio diplomático, sem disparar sequer um tiro, a opção do mais forte, em ato extremo, foi a invasão.

É simplesmente porque tanto em Putin como em Volodymyr Zelensky nunca no coração foi plantada a semente da paz.

Eles, como a Humanidade posso dizer assim, foram criados para a competição. Não para a paz. Assim como cada um de nós.

O bom é que ainda há tempo de corrigirmos nós mesmos.

Em busca da semente da paz plantada no coração.

Depende da boa vontade de cada um.

*Jornalista e escritor 

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