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Australianos chegam em busca de nossas terras raras

Australianos chegam em busca de nossas terras raras

É Zema quem diz: “Nós já batemos mais de R$ 390 bi em investimentos privados nos últimos 5 anos e esses investimentos foram fundamentais para colocar Minas no caminho certo.

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11-03-2024 às 15h:55

Direto da Redação

Uma empresa australiana, a Viridis Mineração e Minerais vai investir em Poços de Caldas, no sudoeste de Minas, R$ 1,350 bilhão, em um projeto de exploração de terras raras. A instalação da empresa no Brasil está relacionada à política do governador Romeu Zema, de atrair investidores, chegando a dizer que Minas “é como boca de jacaré aberta” na atração de investimentos estrangeiros.

Evidentemente, as intenções do governador são as melhores possíveis, mas convinha ele atrelar essas investidas do capital estrangeiro, a obrigatoriedade de ações sociais por parte das empresas. Porque quer queira ou não a atividade minerária sempre provoca desconforto para as pessoas que habitam os arredores. Este tipo de investimento social extrapola os royalties obrigatórios.

 Esse investimento que a empresa australiana diz que vai fazer é inicial, porque os resultados obtidos na área garantem volumes grandes de recursos e teores de elementos de terras raras (ETRs) tidos como dos mais elevados do mundo.

“Nós já batemos mais de R$ 390 bilhões em investimentos privados nos últimos cinco anos e esses investimentos foram fundamentais para colocar Minas no caminho certo, o Estado saltou de 8,8% de participação da economia do Brasil para 9,5%; ganhar “market share” é muito difícil e, aqui, nós avançamos bastante”, disse o governador.

Segundo o protocolo assinado por Romeu Zema, será lançado o Projeto Colossus, que tem a pretensão de desenvolver mineração de terras raras e “elementos da região” considerados essenciais para a fabricação de peças e equipamentos usados em indústria eletroeletrônica, de alta tecnologia, aeroespacial e de geração de energia renovável.

O discurso do CEO da Viridis, Rafael Moreno, não poderia ser outro senão o de que “isso é muito importante para que Poços de Caldas faça parte da nova matriz global de geração de energia verde”.

E mais: “Nosso objetivo é garantir que a cidade de Poços de Caldas, o estado de Minas Gerais, o Brasil e a Austrália se tornem um dos pilares em evolução para o uso de energia limpa no planeta”.

Ele agradeceu o apoio do Governo de Minas e da comunidade Poços de Caldas, que, desde já, devem estar conscientes para cobrar da empresa ações sociais.

Ela vai precisar para instalar a sua planta do concurso de 120 pessoas, permanentemente, e atrairá outras empresas afins e pode acabar por criar uma cadeia produtiva, e, é claro, todos irão precisar de mão de obra para funcionar.

Mas, afinal, o que são terras raras? Os nomes são estranhos - Gadolínio, Neodímio, Európio, Ítrio, Térbio, Lantânio e Disprósio. E fazem parte da vida de grande parte da população mundial, porque são componentes dos telefones celulares.

Eles fazem parte de um grupo de elementos chamados como “terras raras”, encontrados com frequência em pontos perto de vulcões extintos, como é o caso de Poços de Caldas.

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