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Acampados há 5 dias na porta da PBH e ignorados por Fuad

Acampados há 5 dias na porta da PBH e ignorados por Fuad

Eles são, ao todo, 138 famílias que correm o risco de serem desalojadas do Centro da capital, e ali restarão, segundo um membro da coordenação, até alcançarem os objetivos.

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03-03-2024 às 17h:00

Direto da Redação

Eles existem, são gente de carne e osso, como todo ser chamado humano, e não apenas fazem parte da paisagem.

Eles sentem as mesmas necessidades de toda a gente e embora estejam acampados na porta da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena, há cinco dias, ainda não foram vistos pelo prefeito Fuad Noman (PSD), que acaba de ser lançado como candidato à reeleição.

Eles são, ao todo, 138 famílias que correm o risco de serem desalojadas do Centro da capital, e ali restarão, segundo um membro da coordenação nacional de representantes de bairros, vilas e favelas, Manoel Vieira, um rapaz jovem e bem articulado, até que o prefeito enxergue os integrantes do movimento e sente-se à mesa com eles para resolver o problema.

Manoel Vieira afirma que o custo de aluguel, em BH, é em média mais que o salário mínimo “e como é que nós vamos comer”. Ele e os demais que ali estão trabalharam e trabalham “a vida inteira e não conseguimos uma moradia digna onde possamos criar as nossas famílias”.

Em um panfleto que está sendo distribuído por eles, a reivindicação principal é a obtenção de uma moradia dentro dos planos habitacionais. Eles afirmam que o prefeito, que se nega a enxergá-los ali na porta da PBH é o mesmo que quer cortar 63 espécies de árvores (já cortou 20) ao redor do Mineirão para a promoção da Stock Car, que “custará aos cofres municipais R$ 23 milhões, dinheiro que resolveria o nosso problema”.

Hoje, domingo, 03, foi dia de Feira de Artesanato na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, e as barracas dos integrantes do movimento destoavam das bancas dos artesãos, que prestam solidariedade aos acampados fornecendo alimentos e colchões e outros apoios para que o movimento resista até conseguir os objetivos.

Eles ali estão “por uma solução definitiva para as ocupações no Centro” – movimento “Resiste Ocupação Carolina Maria de Jesus e Ocupação Maria do Arraial”. 

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