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Minas produz a mais alta e eficiente pluma do País

Minas produz a mais alta e eficiente pluma do País

A qualidade da fibra do algodão mineiro é aprimorada a cada safra, por meio de um monitoramento contínuo, pelos produtores em seus cuidados e práticas de manejo nas lavouras

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20-02-2024 às 09h:17

Direto da Redação

A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) comemorou o rendimento da safra 2022/2023, que obteve média de 2.045 kg por hectare. Para a instituição, isso é um marco alcançado a partir de iniciativas de fomento à cotonicultura mineira dentro do Programa Mineiro de Estímulo à Cultura do Algodão (Proalminas).

Para resumir a importância desse marco, Minas Gerais atingiu no ano passado a mais alta eficiência de algodão em pluma do País. Historicamente, os números eram 978 kg por hectare.

Quem é jornalista da ala mais antiga vai se lembrar do arraso que a praga do bicudo-do- algodoeiro fez no setor, na década de 1980.  No caso particular de Porteirinha, município do Norte de Minas, com a mais elevada produção de algodão do Estado, o que provocou um boom econômico na cidade, a praga destruiu a produção.

O tempo passou e chega-nos essa notícia alvissareira, que, de certo modo, suscita a formulação da pergunta: e o bicudo desapareceu do cenário? Não, segundo o professor do Mato Grosso do Sul, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Paulo Eduardo Degrande, o inseto nunca desapareceu do cenário. O que aconteceu é que se foi procurando conviver com ele, mas o bicho está presente na lavoura algodoeira do País, o tempo todo.

Ele lembra que o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) foi registrado pela primeira vez no Brasil em 1983, em dois focos, um deles na região de Campinas/Sorocaba (SP), e o outro na região de Campina Grande/Ingá, na Paraíba.

Segundo o professor, “nenhuma medida organizada, articulada e realista de erradicação foi adotada então, por falta de decisão política dos governos, por omissão do setor produtivo e por alegações descabidas de alguns pesquisadores de renome e ecologistas influentes”, diz ele, em um artigo encontrado na internet.

Com base nele, “praticamente todo o país está infestado por esse inseto”. E o que é pior, causa prejuízos entre 3% e 75% na produção algodoeira. O correspondente a perdas médias entre US$ 140 e US$ 350 por hectare, contando com os custos de controle, danos e depreciação econômica da infraestrutura de combate ao inseto. De maneira que a alternativa foi conviver com a praga, partir para o manejo dela.

Como disse o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Feliciano Nogueira de Oliveira, “a qualidade da fibra do algodão mineiro, aprimorada a cada safra, por meio de um monitoramento contínuo pelos produtores em seus cuidados e práticas de manejo nas lavouras, é avaliada pela Minas Cotton”.

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