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O buquê, o homem e o anel

Sou daquelas que sempre é convidada para eventos organizados para pouquíssimas pessoas. Este era mais um.

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09-02-2024 às 19h:29

Cléria/Cléo Zocrato*

Cerimônia para celebrar a união de uma amiga com seu amado. Família e algumas amigas que ocupavam duas mesas.

O celebrante era um parente da noiva que, após a benção e troca de alianças, anunciou o lançamento do buquê para as “solteiras”.

Um senhor muito velho se posicionou ao meu lado tentando me empurrar para ocupar um melhor lugar. Dei-lhe uma cutucada dizendo “o senhor já tem uma companheira, o que” faz aqui?”  Ele me olhou com um ar de deboche e disse que desejava um novo amor. “Tudo bem, que fique, mas eu pegarei este buquê.”

Assim foi, ele veio em minhas mãos.

Incrível, jamais havia pegado um buquê em tantos casamentos que assisti. Na verdade não fui em muitos, apenas quando se tratava de pessoas muito queridas. Fui até celebrante em dois.

Passados 10 dias deste evento, “ele” chegou! Chegou por motivo de trabalho, mas conquistou meu coração, que estava desocupado fazia um tempinho. Será que foi o buquê que me trouxe ele? Não sei, só sei que chegou.

Alguns meses se passaram, nada tínhamos e tudo desejávamos.

Ele resistindo, com o argumento de não misturar trabalho com afetos. Convidou-me para um evento onde iria discursar. Para uma relação estritamente comercial, evoluímos. Logo me animei!

Enquanto ele discursava, comecei a me incomodar com uma vontade louca de fazer xixi. Que coisa mais sem sentido, tinha que ser agora? Não compreendia aquele desejo, mas aguardei o término do discurso e após cumprimentá-lo, fui à toalete. Local muito limpo, logo olhei dentro do vaso e atrás de um papel que boiava havia um anel. Pensei: “como ele foi parar ali?” Bem, eu nada tinha a ver com aquilo, vou resolver minha questão e sair. Mas algo me disse: “pega”. Pegar? Não, não vou enfiar a mão lá dentro! Logo me disseram “pegue a escovinha”. No canto havia uma escova dessas de higienizar estes locais. Era só o que me faltava! Resolvi obedecer e capturei o objeto que estava me aguardando.

Era o que faltava? Sim, logo após o anel, eu e o homem nos amamos. Coisas que magicamente surgem e vão se encaixando. Não se explica, porque vai além das convenções. Contei a ele sobre o anel, mas ocultei o buquê, pois poderia achar que minhas expectativas fossem além do seu propósito. 

Assim se deu esta história!

O buquê de flores de cetim e o anel permanecem, o homem se foi. A magia aconteceu me trazendo bons momentos, prazer e mais uma história.

*Cléria/Cléo Zocrato é gineterapeuta, artista plástica, empresária e reikiana. Condutora de grupos femininos e masculinos, atuando também nas terapias integrativas e artísticas.

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