04-02-2024 às 08:10h.

Direto da Redação

Desta vez, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), está político, porque já tratou de enviar ofício ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que virá a Minas – Juiz de Fora e Belo Horizonte – para anunciar investimentos.

Zema já se antecipou solicitando um encontro com Lula, o que certamente será muito bom porque não se pode perder a oportunidade de conversar com ele pessoalmente, independentemente de sigla partidária; é de suma importância, ainda mais na atual conjuntura.

Afinal de contas é um governador recebendo o presidente da República. Se Minas não parar de resistir ao presidente, aí perde o trem, sem entender que o governador é o representante e deve fazer o que for preciso para cuidar da população e das coisas de Minas, sendo do partido do presidente ou não.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas parece que já está entendendo isso e sabemos o que o presidente acertou com ele, a construção do túnel ligando Santos a Guarujá, o que vai significar recursos da ordem de R$ 6 bilhões.

Todavia, não foi Zema quem deu a notícia de que o governador quer se encontrar com Lula, e sim o vice dele, Professor Mateus Simões (Novo).

Pelo que disse o vice, a conversa agora será outra: “O governador não só vai recebê-lo como já mandou oficialmente um pedido, apesar de a agenda não ter sido confirmada, para que ele tenha ao menos 30 minutos de conversa com o governador para a gente tratar dos temas de Belo Horizonte, da região metropolitana, mas especialmente de Minas Gerais”, afirmou o Professor Simões.

Simões lembrou que os mineiros são conhecidos nacionalmente como hospitaleiros e assegurou que com a recepção do presidente não será diferente. Aqui, cabe um comentário: mas foi diferente em passado recente e esta é a oportunidade de corrigir porque senão, os mineiros estarão perdendo o trem simbólico que vai passar na estação.

Na quarta-feira, Lula estará em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e na quinta-feira vem para Belo Horizonte.

Zema poderá tratar pessoalmente com Lula sobre a renegociação da dívida de mais de R$ 160 bilhões com a União.

A Secretaria Nacional do Tesouro (SNT) anunciou a criação de dois grupos de trabalho para fazerem uma análise de uma alternativa à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

E pelo que se pode depreender de tudo isso, a visita do presidente acontece em boa hora para tratar do assunto que, se mal resolvido, vai prejudicar principalmente quem nada tem a ver com isso, os mineiros – a (irres) responsabilidade é dos próprios governos que vêm empurrando com a barriga a tomada de uma solução definitiva para o problema da dívida com a União.