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Polo de Montes Claros consolida o farmacêutico

Polo de Montes Claros consolida o farmacêutico

Espera-se que a indústria venha a precisar dos serviços de 600 pessoas direta e indiretamente 1,5 mil outras. A previsão é a de que a empresa venha a atender em todo o território nacional e também em países da América do Sul.

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26 – 01 – 2024 ÁS 09:09h.

Direto da Redação

Quem viu nascer e crescer o Distrito Industrial de Montes Claros, com todo o empenho da combativa imprensa da época, décadas de 1960/70 – O Jornal de Montes Claros e o Diário de Montes Claros –, que, se ainda existissem em versão impressa, não surpreenderiam ninguém ao publicar uma matéria sobre a hoje capital de fato da Região Metropolitana do Norte de Minas, só falta ser oficializada por direito, como um “polo farmacêutico”. Não surpreendiam simplesmente porque polo é uma vocação natural daquela terra em todas as circunstâncias.

Ao sair de Belo Horizonte, numa viagem que alguém possa fazer rumo ao Norte de Minas até Salvador, na Bahia, a maior cidade que o viajante vai encontrar, entre uma capital e outra, é Montes Claros, que nasceu polo, desde uma fazenda fundada pelo ex bandeirante da Bandeira de Fernão Dias Paes Leme, o Antônio Gonçalves Figueira, que, se porventura o espectro dele estiver por aí, deve estar boquiaberto ao ver a metrópole em que se tornou a sua fazenda.

Montes Claros possui hoje 417 mil habitantes e ostenta a 6ª colocação no ranking das maiores de Minas. E polo por vocação, o município concentra, só de empresas do ramo farmacêutico, sete de grande e médio portes. Espera-se que esse polo farmacêutico venha a precisar para funcionar dos serviços de 3,5 mil pessoas direta e indiretamente.

Só para fazer uma rememoração, esse boom farmacêutico na verdade começou a ser instalado ainda na década de 1970, com a Valleé, fabricante de medicamentos, que precisou de 620 pessoas naquela época. Depois foi vendida por R$ 1,2 bilhão.

Em seguida se instalaram lá fábricas como a MSD Brasil (biofarmacêutica com foco em vacinas), Novo Nordisk (produção de insulina), Hipolabor (genéricos) e Eurofarma (medicamentos).

A fábrica da Eurofarma ainda está em construção. Só na primeira fase do projeto, 500 mil metros quadrados, o investimento é de R$ 1,8 bilhão.

Espera-se que a indústria venha a precisar dos serviços de 600 pessoas direta e indiretamente 1,5 mil outras. A previsão é a de que a empresa venha a atender em todo o território nacional e também em países da América do Sul.

O vice-presidente corporativo, Reinaldo Costa diz com a maior tranquilidade: “Somos a maior fábrica de insulina da América Latina, que é responsável pela produção de 25% da insulina produzida mundialmente pela empresa”. Ele ainda quer ampliar a capacidade da Nordisk, cujo projeto de expansão está submetido à análise.

O importante é que na cidade há ensino superior para suprir as necessidades dos interessados, como a Funorte Faculdades Unidas do Norte Minas (Funorte), com graduação em Farmácia, Biomedicina, Nutrição e outras, cujos estudantes, ao final são absorvidos pelo polo farmacêutico.

A Funorte possui dez unidades educacionais em quatro das principais cidades do Norte de Minas, Montes Claros, Januária, Janaúba e Pirapora. A bem dizer, são mais de 50 cursos presenciais, remotos e EAD em todas as áreas do conhecimento: saúde, exatas, humanas, sociais aplicadas e tecnologia, informática e comunicação.

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