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Caso de quem joga a pedra e esconde a mão

Caso de quem joga a pedra e esconde a mão

O ex-governador Azeredo, filho de um grande mineiro, Renato Azeredo, não possui o perfil pérfido do homem corrupto, o que é facilmente lido no semblante de muitos

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18-01-2024 às 07:17h.

Alberto Sena

Ainda ecoa a frase pronunciada pelo doutor Paulo Roberto Cardoso, integrante do Conselho Editorial do jornal Diário de Minas – DMdigital,  principalmente porque a frase – “Eduardo Azeredo foi vítima do Walfrido Mares Guia” – é de conteúdo forte, porque se trata de uma questão em que o então governador Eduardo Azeredo, um homem tímido por natureza, em campanha para reeleição comprovadamente não estava bem acompanhado na ocasião e tanto não estava que acabou sendo envolvido pela mão do gato. Cumpriu um ano de prisão no 1° Batalhão do Corpo de Bombeiros, na região Centro-Sul da capital, pena que não era dele e sim do seu vice Walfrido Mares Guia.

O ex-governador Azeredo, filho de um grande mineiro, Renato Azeredo, não possui o perfil pérfido do homem corrupto, o que é facilmente lido no semblante de muitos dos que estão na política e outros que já não estão e mamaram nas tetas do dinheiro público.

Tive uma certa convivência com Azeredo na década de 1990, quando ele conduziu mais de 30 empresários mineiros à Ásia, com intuito de intercambiar relações de negócios. A viagem começou por São Paulo, Miami, Nova Iorque; Japão – Tóquio, Quioto; seguiu para a China – Xangai, Nanquim, Nanjing,  Beiging (Pequim), Hong Kong; Tailândia e África do Sul de volta para o Brasil por São Paulo, onde tudo começou.

Recordo-me que o governador sempre se mostrou afável e me pareceu um tipo de homem que fica ruborizado quando envergonhado. Ele deve se recordar disso, da nossa caminhada pelas Muralhas da China, onde me confessou gostar muito de andar, mas não conseguia fazer isso em BH porque, como governador, as pessoas o paravam com frequência e ele não andava.

E recordo-me também de que depois da viagem à Ásia, como editor de Economia do jornal impresso Estado de Minas, Azeredo me chamou ao Palácio para me dar uma notícia, um “furo”, a instalação da fábrica de carros da Mercedes-Benz, em Juiz de Fora.

Em 1996, final do mês de junho, tive a honra de ser demitido do jornal, sumariamente, pelo vice do governador Azeredo, Walfrido dos Mares Guia. Hoje, imagino, com idade bastante adiantada, deve estar naquela situação de quando a pessoa de malas prontas e atenta para a questão chamada “consciência” vai se encontrar diante do Juízo do qual ninguém, nenhum juiz humano, tem como se safar.

Azeredo completou 74 anos. E sei disso porque, na viagem à Ásia, os empresários cantaram “parabéns” para nós – ele e eu – que fazemos aniversários no mesmo dia. Foi no alto de um dos salões do hotel, em Hong Kong, de onde se podia divisar uma belíssima vista noturna do mar.

Considerando que o escriba que “vos fala” está ativo nessa idade, Azeredo, com certeza, junto à sua Heloísa, vive em pleno vigor. E jamais poderia ser usado pelo vice, que ilustra a história daquele que joga a pedra e esconde a mão, capaz de implicar um inocente no seu lugar.

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