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Chuvas amenizam a seca, mas o risco continua

Chuvas amenizam a seca, mas o risco continua

Os agricultores estão animados com as chuvas mas ainda não se arriscaram a replantar as áreas semeadas temendo mais prejuízos além do que já tiveram de julho até dezembro

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10-01-2024 às 09:19h.

Direto da redação

Calejados em matéria de seca, os produtores do Norte e Noroeste de Minas e mais os vales do Jequitinhonha, Mucuri e Doce puderam respirar com certo alívio porque choveu. Se para algumas pessoas, principalmente nas áreas urbanas, quando chove elas dizem ser “mau tempo”. Tempo melhor não há para os produtores, tanto agricultores como pecuaristas, do que o chuvoso. E, claro, não podia ser diferente.

E a chuva caiu depois de uma seca que no segundo semestre do ano passado levou 170 municípios ao decreto de “situação de emergência”. É quando chove que os produtores pensam no quanto apreensivos viveram nos últimos meses com a destruição das lavouras e morte de animais.

Essa é a sina das respectivas regiões, umas mais outras menos, desde sempre vítimas das estiagens prolongadas porque estão no chamado Polígono das Secas, que também sempre foi usado politicamente e as medidas mitigadoras sempre procrastinadas e a população sacrificada.

Um levantamento feito pela Emater-MG em 241 municípios das regiões afetadas pela seca deu prejuízo a 326 mil agricultores entre os meses de julho e dezembro, justamente no período de plantio. Eles estavam informados de que a estiagem tinha o patrocínio do fenômeno climático chamado El Niño, o mesmo que provocou calor insuportável recentemente batendo o recorde da nossa história.

Conforme o levantamento feito pela Emater-MG, 91,3% das plantações deixaram de ser irrigadas nos últimos meses. E os agricultores terão de replantar 71% do que semearam, se as chuvas continuarem, mesmo quatro vezes menos do que a média histórica.

 

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