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Dia da Democracia vitoriosa

Dia da Democracia vitoriosa

Seria uma injustiça, comparar o inelegível a Golbery, que pelo menos tinha inteligência. Só a um homem, o coronel Ustra, torturador, a este ele poderia ser porque é farinha do mesmo saco.

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08-01-2024 às 09:19h.

Por Alberto Sena Batista*

A data de hoje, 8 de janeiro, teria sido melhor se não tivesse acontecido, porque, dentre as piores coisas já registradas no Brasil varonil, esta é, como se diz, “hour concours”. O fato é merecedor de todos os adjetivos negativos que a mente humana possa imaginar.

Aquelas cenas escabrosas nos levavam a não (querer) acreditar no que estava vendo ao vivo e em cores. Uma massa possuída por alguma entidade demoníaca, travestida de “patriota”, fazendo o antes inimaginável, porque simbólica e na marra, como se diz, queria acabar com os Três Poderes. Uma massa boiada, parecia um tipo de gente que não sabia sequer onde estava a ponta do nariz.

Ficou claro naquele dia, um ano atrás, a tentativa de golpe contra a Democracia, que, as e os tais “buchas de canhão”, como energúmenos com antolhos, queriam destruir também o ministro Alexandre de Moraes e é aí onde está o xis da questão. Até nós, mais bobos, sabíamos quem estava por trás de tudo, alguém que, no mínimo, pode ser apontado como covarde. Do tipo que joga a pedra e esconde a mão.

O mais surpreendente de tudo isso é saber que há uma massa humana que se identifica com o inominável. Gente que não sabe viver em Democracia. Gente agressiva, coração e cabeça vazios. Particularmente seria mais uma vez detestável ter na Presidência da República alguém tão desprezível.

Para quem viveu todos os anos dos ocupantes do Palácio de Planalto, no período da ditadura militar, nem mesmo Golbery do Couto e Silva, a “eminência parda” poderia ser comparado a ele. Seria uma injustiça, porque Golbery tinha inteligência. Só a um homem, o coronel Ustra, torturador, a este ele poderia ser igualado porque afinal são farinha do mesmo saco.

Em meio a essa massa manipulável que ainda está presa, certamente há os que estão menos “doentes” do que os outros, mas é de se esperar que alguns tenham aproveitado bem os meses de experiência na penitenciária da Papuda para refletir sobre si mesmos e os outros. Ainda mais os que têm meio século de idade em diante. Estes já devem ter se conscientizado do quanto foram usados. E não precisavam ter passado por uma experiência desta.

Este não é o caso de Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares, de 36 anos, que havia trancado a vaga na faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP), em 2023. E olhe que ela é formada em engenharia, buscava a segunda graduação. Participou de concentração em Brasília e foi gravada dentro do Congresso Nacional.

Os sete meses passados na Papuda não mudaram a cabeça de Roberta, libertada por estes dias pelo ministro Alexandre de Moraes, mas com tornozeleira, na qual colou um adesivo da bandeira nacional. Ao se encontrar com a mãe, exibiu a peça dizendo “agora tenho do que me orgulhar”. Cada cabeça uma sentença!

Mas a tecla de ponto final não podia ser acionada sem uma referência à capacidade de os terroristas invasores e predadores dos prédios dos Três Poderes de se auto incriminarem. Eles praticaram os crimes e tiveram o cuidado de deixar as provas de modo insofismável. Assim é dar moleza à Justiça, que tem só que protocolar as provas.

Daqui para frente, 8 de janeiro será sempre lembrado como uma data cívica, das mais marcantes: O Dia da Vitória da Democracia, depois de ameaçada sob o comando de quem, se ainda não está preso, poderá ser brevemente.

 

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