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Maçã-de-elefante, conhece a fruta?

Maçã-de-elefante, conhece a fruta?

Ela tem muita história. Remonta ao período colonial. Era uma das espécies dos jardins do Palácio de Verão do imperador Dom Pedro I. Ele dizia ser ela “a árvore do dinheiro”.

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28-12-2023 às 09:00h.

Bento Batista

Posso assegurar, muitas vezes o leitor já passou ali pela Rua Timbiras, no Centro de Belo Horizonte, pelo trecho compreendido entre as avenidas João Pinheiro e Álvares Cabral, onde a arborização é feita com uma espécie que dá um fruto grande e pesado; sim, já passou e se perguntou sobre o nome da fruta daquela estranha árvore.

Ela não é uma árvore qualquer. Possui vários nomes e é de grande importância. E a gente achando que os frutos não serviam para nada. Servem, e muito.

Agora, vamos conhecer mais de perto essa árvore. Ela possui vários nomes. Trata-se de “maçã-de-elefante, árvore-do-dinheiro, árvore da pataca, bolsa-de-pastor, dilênia, flor-de-abril ou fruta-cofre (Dillenia indica)”.

Mas vamos chamá-la aqui só de maçã-de-elefante, exótica, originária da Ásia, especialmente da Índia.

Ela tem muita história. Remonta ao período colonial. Era uma das espécies dos jardins do Palácio de Verão e o imperador Dom Pedro I costumava esconder moedas nos frutos, segundo registra a história, a título de brincadeira dizendo ser ela “a árvore do dinheiro”.

A flor de maçã-de-elefante é linda (veja foto) e as abelhas gostam muito dela; não é para menos porque suas flores são solitárias, de cor amarela ou alva, aromáticas. O fruto é chamado de “uma cápsula globosa”, contém muitas sementes envoltas em polpa gelatinosa. As sépalas podem ser comidas cruas, cozidas ou em geléias e sorvetes.

Os frutos entram na composição do curry e de doces.

Outra coisa, a madeira é de cerne compacto e resistente, própria para construção naval.

Há informação de que em São Paulo, no Parque Previdência, no Parque do Ibirapuera ou em frente ao prédio de Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP podem ser encontradas maçã-de-elefante.

Se um fruto desse cair na cabeça de um transeunte certamente provocará um galo. No capô de um carro pode fazer algum estrago.

*Jornalista e escritor

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