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Reajuste de tarifas de ônibus tem reações contrárias

Reajuste de tarifas de ônibus tem reações contrárias

Deputado federal Rogério Correia e vereador Gabriel Azevedo, presidente da Câmara Municipal de BH saem em defesa dos usuários e consideram ilegal a medida anunciada pelo prefeito da capital Fuad Noman

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Deputado federal Rogério Correia e vereador Gabriel Azevedo, presidente da Câmara Municipal de BH saem em defesa dos usuários e consideram ilegal a medida anunciada pelo prefeito da capital Fuad Noman

 

28-12-2023 às 08:58h.

Direto da Redação

O anunciado reajuste de tarifas dos ônibus urbanos feito pelo prefeito Fuad Noman (PSD) já encontrou duas reações contrárias. A primeira delas foi da parte do deputado federal Rogério Correia (PT), que, inclusive, é pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte neste 2024 que desponta no horizonte belo da capital.

A outra reação partiu do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Gabriel Azevedo (sem partido) com quem Fuad Noman tem batido boca pelos mesmos motivos, o aumento das tarifas dos ônibus urbanos.

Quem tem memória boa vai se lembrar da guerra gerada entre PBH e CMBH, da qual todos se salvaram a partir do subsídio saído dos cofres de um e de outro totalizando os R$ 512 milhões prometidos desde o mês de maio, numa reunião com a participação de Gabriel e Fuad.

Subsídios pagos ao final, a tarifa permaneceu nos R$ 4,50 que vigoram desde 2018 porque os concessionários recebem subsídios e no momento, deverão receber mais porque estão previstos R$ 392 milhões, que, somados com os R$ 512 milhões concedidos chegam a R$ 904 milhões, o que é muito dinheiro.

O mais grave nisso é que os concessionários assumem que irão melhorar os serviços e tudo continua como antes. Os aparelhos de ar condicionado funcionam aos trancos e arrancos. Os ônibus continuam velhos e no final das contas quem paga por tudo isso são os trabalhadores e o público em geral, usuários, que, sem outra opção justa, enchem os cofres dos proprietários de ônibus.

No caso do deputado Rogério Correia, ele ficou de protocolar um pedido na Justiça para impedir o reajuste. Justifica a medida com base na falta de cálculo e justificativa das empresas para este reajuste, haja vista que a PBH arca e continuará este ano (2024) a arcar com subsídio expressivo do orçamento municipal”.

Enquanto isso, na Câmara, o presidente vereador Gabriel Azevedo entrava em ação com uma resolução e passou o dia colhendo assinaturas para que de novo a questão de reajuste para o concessionário de ônibus volte a ser discutida em plenário.

De repente apareceu uma lei que determina que “só pode ser feito reajuste nas tarifas de ônibus a cada 12 meses”. E como o último ainda é recente, foi aberta uma janela para se discutir o anunciado pela PBH atualmente.

“Esse acréscimo pode representar um aumento considerável nos gastos mensais de uma família que depende do transporte público para suas atividades diárias, como trabalho, estudo e acesso a serviços básicos. Para além de imoral com os usuários, que sofrem diariamente com um transporte público de péssima qualidade, o aumento da forma com o qual foi feito padece de vício material, de maneira que os atos devem ser sustados pelo presente Projeto de Resolução”, reza a essência do texto do projeto.

O vereador Gabriel precisava colher 14 assinaturas necessárias para a resolução no formato de projeto seja encaminhado ao plenário. Pelo que se pode depreender desses episódios, uma guerra nova pode estar se iniciando nos mesmos moldes da anterior, que não registrou mortos nem feridos, mas significou uma sangria dos cofres públicos de R$ 512 milhões.

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