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Romeu Zema, reflexão, 2024 vem aí

Romeu Zema, reflexão, 2024 vem aí

Zema precisa ser político e não só empresário. Nesse episódio, ele perdeu todo o protagonismo, quando podia usar a questão em seu favor e não transferir as luzes para o senador Rodrigo Pacheco

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27-12-2023 às 09:09h.

Direto da Redação

O governador Romeu Zema (Novo) deve precisar de uma assessoria política arguta, se quiser se sair bem para o próximo ano de 2024, que já se pode ver o clarão na linha do horizonte. Essa questão da dívida fiscal de Minas, de mais de R$ 160 bilhões, e a infeliz iniciativa de apresentar um projeto de Regime de Recuperação Fiscal (RRF) nos moldes do que acaba de ser suspenso pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite (MDB) desgastou o governador de tal modo que ele mesmo talvez nem tenha percebido.

Zema precisa ser político e não só empresário. Nesse episódio, ele perdeu todo o protagonismo, quando podia usar a questão em seu favor e não transferir as luzes para o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal.

Para que pudesse evitar tudo isso, e chamar para si essas luzes, o governador devia calçar as sandálias da humildade política e ele próprio ter buscado conversar pessoalmente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que certamente chamaria o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PPS), mas o protagonismo seria dele, Zema.

Se o governador não se desvestir do verniz do ex-presidente, que tem tudo contra si – culminando daqui a pouco com a prisão – para o ano de 2024, política e simbolicamente, o governador sairá prejudicado e seus planos de fazer o sucessor irão por água abaixo.

Bom seria que Zema fizesse uma reflexão mais profunda do momento a fim de não piorar ainda mais as coisas para ele, já que pretende apresentar um outro projeto de adesão ao RRF, aproveitando que o Supremo Tribunal Federal (STF) estendeu o prazo recentemente, dando mais 120 dias para a iniciativa.

Certamente isso não será, como se diz, uma boa, porque é a mesma coisa de começar tudo do zero, quando no âmbito do governo federal já cresce a preferência pelo projeto que, afinal, tem o protagonismo de Pacheco, cujas pretensões é disputar o cargo hoje ocupado pelo governador Romeu Zema, que por inabilidade política entregou ao adversário, Pacheco, a bola da vez e ele, que não é bobo nada, chutou e fez o gol.

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