Português (Brasil)

Sobre venda da Sigma e venenos de eucaliptos

Sobre venda da Sigma e venenos de eucaliptos

Os empresários do eucalipto, os principais deles ali estão há décadas e participam da vida das comunidades, mas sem nenhuma efetividade para saber de que maneira se pode ajudar na área social, para transformar a região, que sempre foi chamada de “vale da miséria”

Compartilhe este conteúdo:

24-12-2023 às 19:30h.

Direto da redação

Pelo que o Diário de Minas publicou recentemente, a empresa canadense Sigma Lithium, que se instalou no Vale do Jequitinhonha, está à venda. Assim como eu, acho que muita gente de Araçuaí e de Itinga não está gostando nada disso, porque além da gente não ter informação sobre o que de fato está acontecendo, as comunidades se envolveram tanto com a Sigma que teme pelos projetos sociais dela em andamento. Todos nós acreditamos nas boas intenções da Sigma e adotamos os seus projeto, coisa que nenhum outro empresário fez na região e quando a gente achava que iria colher os frutos deles, a empresa parece estar em processo de venda. E se os novos donos não tiverem as mesmas intenções da Sigma, digo no campo social, pode ser só mais um, como os muitos dos que exploram a região sem deixar algo mais além dos royalties. Com a Sigma foi tudo diferente, para melhor. A empresa inovou, deu o exemplo. Tomara seja seguido, porque não é ser contra a mineração, mas querer que façam a exploração da maneira mais correta possível.

Os empresários do eucalipto, os principais deles ali estão há décadas alí e participam da vida das comunidades, mas sem nenhuma efetividade para saber de que maneira se pode ajudar na área social, para transformar a região, que sempre foi chamada de “vale da miséria”, mas com riquezas debaixo da terra. Até antes da Sigma chegar, com as ideias da CEO Ana Cabral, com toda a sua simpatia, o que gerou um despertar das pessoas, os exploradores só pensavam e ainda pensam neles.

E por mal dos pecados deles, estão sendo apontados como os responsáveis por envenenar as águas dos rios. E as pessoas que se servem das águas se vão contaminando homeopaticamente. Tanto isso é verdadeiro que o índice de câncer na região é mais do que nas outras. O que levou a comunidade de Capelinha (e região), a iniciar um movimento para construir no município um hospital de tratamento da doença, por meio da Associação Capelinhense de Apoio a Portadores de Câncer (ACPAC).

Essa medida é considerada da maior importância para acabar com o sofrimento dos doentes que precisam viajar com frequência mais de mil quilômetros ida e volta da capital para tratamento. Com a construção do hospital de Capelinha e região, por todos os aspectos, o incômodo de muitos, que lotam ônibus, será um pouco menos.

Se me permitem dizer, estranho é o silêncio quando se fala do envenenamento das águas dos rios do Vale por parte de empresários dos eucaliptos. A gente só houve reclamação, mas não vê nenhuma movimentação da parte das autoridades, nenhuma atitude, investigação muito menos. Dos prefeitos dos municípios entupidos de eucalipto aos órgãos ambientais, todos fazem como se dizia antigamente, como era mesmo?! Lembrei: “Fazem ouvidos moucos”.

*Zinara da Paz R. Leal leitora do DM

Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN