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Amazônia é tutelada, disse Aldo

Amazônia é tutelada, disse Aldo

O ex-ministro disse que nenhum país do globo abdicaria da exploração das riquezas, dentro do respeito ao meio ambiente, visando resolver as questões socioeconômicas locais.

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17_12_2023 às 06:16h.

Direto da redação

Pelo visto, o ex-ministro Aldo Rebelo não abdica de um chapéu panamá. Ele só retirou o seu quando foi ao microfone para falar sobre o Brasil, a mineração e a falta de uma ação para socializar as riquezas do território brasileiro com esse nosso povo sofrido, desassistido.

Com chapéu panamá e bigode, Aldo perfaz o perfil do político brasileiro cheio de boas intenções e como possui muita experiência, o discurso dele relacionado com essa falta de ação direcionada a explorar de fato as riquezas brasileiras para usufruto social também, dá a impressão de que sofremos de complexo de colonizados e se não houver uma reação, estaremos fadados a ser sempre complexados.

Aldo disse que nenhum país do globo abdicaria dessa exploração das riquezas, dentro do respeito ao meio ambiente, visando resolver as questões socioeconômicas locais. E, no entanto, o Brasil patina, o povo carente sofre tendo abaixo dos pés riquezas que nenhum outro país possui.

Em sua fala aos quase 100 convidados da Associação dos Mineradores de Ferro do Brasil (AMF) do ramo minerário, ambiental e promotoria pública, em um salão apropriado do Coco Bambu, no Bairro Anchieta, em Belo Horizonte, ele chamou a atenção para a Amazônia brasileira, a região mais rica do planeta.  E, no entanto, grande parte de sua população vive sobre essa terra rica passando toda espécie de necessidade, com o maior índice de mortalidade infantil, o maior índice de doenças infecciosas e com os piores índices de saneamento básico, o que no mínimo é um paradoxo.

Aldo vê em atividade no País uma rede de desinformação a respeito da importância da mineração e o que é pior, essa rede é, como ele mencionou, composta por ong´s financiadas por estrangeiros que querem ter aqui como reserva para quando findar os recursos deles lá fora.

Segundo o ex-ministro, a exploração mineral feita com total respeito ao meio ambiente é essencial para o Brasil, que há muito tempo já teria elevado o nível da qualidade de vida da população. E, no entanto, o mais contraditório acontece na Amazônia, segundo Aldo, o analfabetismo gritante, não há estação de tratamento de esgoto, o lixo é jogado nos rios e se for o caso de buscar no interior uma escola funcionando com luz e água, você não encontra.

Assim como não encontra nenhuma ong ocupada com essas questões, interessada em melhorar a vida das populações locais a partir do saneamento básico.

Sobre a situação dos índios Yanomamis, o ex-ministro disse que é de subnutrição e abandono. Nós estamos nos comportando como um País imaturo, sem uma apropriação social.

As terras dos índios Yanomamis somam 9,4 milhões de hectares, maior do que o estado de Santa Catarina. Se a terra por si só fosse a solução, eles estariam vivendo no mais elevado padrão, e, no entanto, estão subnutridos. Ele esteve na área no ano 2000 e a situação lá é a mesma. A Amazônia é tutelada, disse Aldo.

Nós estamos agindo como país imaturo, adolescente, em meio de uma convivência com adultos que sabem o que querem. Não se pode construir nada, nenhuma infraestrutura, nos últimos dez anos não se construiu nada por causa dos entraves do  ambientalismo radical. Na realidade, segundo o ex-ministro, o país parou. Bloquearam a infraestrutura, então acabou, não se constrói nada.

Agora, por exemplo, índios estão contra a construção do Ferrogrão (uma ferrovia com 933 quilômetros, que promete reduzir o preço do transporte ao produtor agrícola; da cidade paraense, a carga seguiria de navio para portos da Ásia, África e Europa).

Aquele projeto chinês “cinturão e rota”, completou dez anos e nada aconteceu. Nessa dezena de anos, os chineses construíram lá na África 10 mil quilômetros de rodovias, 6 mil quilômetros de ferrovias, 29 portos e 80 centrais elétricas. Qual foi a central elétrica que o Brasil construiu nos últimos anos? Nenhuma.

Aldo defende a informação correta para o povo em relação ao potencial brasileiro. Na Amazônia há 600 mil meninos e meninas estudando para ser o quê, se não há perspectivas nem oportunidades de se fazer as coisas.  Há lá uma faculdade de Gás e Petróleo, mas não se pode explorar uma coisa nem outra. 

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